Na homilia da Missa de Abertura da JMJ, D. Manuel Clemente recomenda aos jovens uma mútua e constante visitação

Milhares de jovens reuniram-se, nesta tarde, na Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII, para a Cerimónia de Abertura, primeiro evento oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Missa presidida pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

Foto: Canção Nova Portugal

A atmosfera é de alegria, entusiasmo, emoção e olhares curiosos neste local de encontros. Milhares de peregrinos de diferentes países, chegaram cedo para participar atentamente na celebração presidida por D. Manuel Clemente que iniciou acolhendo os jovens, dando as boas vindas e desejando que cada peregrino se sinta em casa nesta JMJ.

O Cardeal Patriarca de Lisboa reiterou que a liturgia da missa celebrada é da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel, lema da JMJ: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1, 39) tendo como expectativa a visita do Papa Francisco que chegará amanhã de manhã, 2 agosto.

Esta Santa Missa deu início ao caminho que os peregrinos viverão nos próximos dias num clima de esperança, todos unidos no propósito de viver a fé.

Na sua homilia, com o tema – “Uma constante visitação” – D. Manuel Clemente disse aos jovens que quando o coração está cheio, rapidamente transborda, e que é impossível sufocar o que nos vai na alma, quando é realmente forte e mobilizador. “Há verdadeiramente ‘pressa no ar’, que circula entre vós e onde chegareis nestes dias. Um ar em que o próprio Espírito divino circula, com a prontidão que só Deus tem e comunica”, reforçou o Patriarca de Lisboa.

Foto: Canção Nova Portugal

O Cardeal aproveitou ainda para partilhar que quando disse ao Papa Francisco que este era precisamente o lema da nossa Jornada – Maria dirigiu-se apressadamente – ele logo acrescentou que “sim, apressadamente mas não ansiosamente” e continuou D. Manuel Clemente: “Na verdade, a ânsia é do que ainda não temos e pretendemos inquietos. A pressa é diferente, é partilhar o que já nos leva. Por isso é uma urgência serena e sem atropelo. Como aqui chegastes e como aqui estareis, levando aos outros o que vos traz a vós… O que vos trouxe aqui e levareis acrescentado pela graça destes dias!”.

No final da homilia D. Manuel Clemente recomendou assim aos peregrinos que seguissem o exemplo de Maria encontrando-se uns com os outros sempre em mútua e constante visitação.