Com a chegada de jovens do mundo inteiro ao território nacional, há uma questão que tem sido amplamente refletida e debatida: Como ficará a economia do país com o investimento que teve de ser feito para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)?
Segundo o site oficial da JMJ Lisboa 2023 o estudo desenvolvido pela PwC Portugal, com o apoio técnico do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), entregue à fundação JMJ e divulgado no passado dia 5 de julho, aponta para um “impacto global estimado entre 411 e 564 milhões de Euros, em termos de Valor Acrescentado Bruto (VAB), e entre 811 e 1 100 milhões de Euros, em termos de Produção”.
As entidades responsáveis pelo estudo refere que “foram considerados os gastos de alojamento, alimentação, comércio, transportes e outras despesas dos participantes, assim como o investimento associado à organização do encontro, o estudo abrange os eventos da JMJ, entre os dias 1 e 6 de agosto, bem como os Dias nas Dioceses, que ocorreram na semana antes da Jornada, e as estadias adicionais para além dos dias do encontro expectáveis, no caso de uma parte dos participantes estrangeiros”.
Refere ainda que a metodologia utilizada para este estudo foi uma “metodologia standard (análise input-output), com base nas características da economia portuguesa, informação recolhida pela PwC em fontes públicas, histórico de edições anteriores da Jornada e junto da organização da JMJ Lisboa 2023, foi possível estimar os gastos atribuíveis à organização do maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa”.
As entidades responsáveis pelo estudo divulgam ainda que os “impactos estimados partem de uma base conservadora, ou seja, com atribuição de valores no limite inferior expectável, quanto ao número de participantes, nível da despesa média diária por participante, prolongamento da estadia por parte dos peregrinos estrangeiros e investimento público associado à organização do encontros, o que prenuncia que o impacto real deverá ficar acima do valor apresentado.”
Entretanto referem que “este estudo porém não contabilizou efeitos tangíveis que deverão decorrer da aceleração dos projetos de regeneração urbana no Parque Tejo e na frente ribeirinha do Concelho de Loures, bem como de outras pequenas intervenções em recintos do encontro, que deverão gerar benefícios a vários níveis”. E também não foram contemplados “efeitos intangíveis negativos de curto prazo comuns a qualquer evento de grande dimensão, como a sobrelotação dos serviços públicos e dos estabelecimentos e o congestionamento do tráfego em algumas zonas da cidade, nem outros que deverão produzir efeitos económicos positivos a prazo, como a promoção internacional de Portugal como destino turístico e a valorização da imagem do país”.
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