Com tantos sonhos e ambições, tornamo-nos escravos da própria carreira
“Dinheiro? Não basta o termos para pagar o aluguel, a comida nem o cinema, porque queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas”. No texto ‘Felicidade Realista’, de Martha Medeiros, encontra-se a frase citada acima, que traz um questionamento referente ao estilo de vida que adotamos e às metas que buscamos alcançar ao longo da carreira profissional.
Ter equilíbrio na vida de trabalho
O trabalho e o cotidiano rotineiro têm tirado os prazeres básicos que tanto almejamos, como ganhar o suficiente para pagar as despesas, poder nos divertirmos aos fins de semana e desfrutar momentos felizes com a família. O simples passou a ser pouco, buscamos o extraordinário e, por mais que o alcancemos, não nos damos conta e continuemos a buscar, buscar, buscar…
Trata-se de um vazio infinito, fruto de uma saga que nunca vai se completar, já que nada nos satisfaz, e queremos sempre mais e mais. Para isso, trabalhamos mais, estressamo-nos mais, adoecemos mais e por aí vai. Dados mostram: cresce o número de pessoas que querem se curar dos efeitos drásticos causados pelo trabalho na mente e no corpo.
As empresas estabelecem estilos de vida ilusórios, que cegam seus colaboradores; assim, esses indivíduos esgotam as horas extras, perdem o lazer, deixam de lado os relacionamentos em troca de destaque, dinheiro e prestígio. Mas será que tudo isso vale a pena? O que é essencial para nossa vida?
Redescobrir o essencial nas coisas simples
Tenho a impressão de termos esquecido que para sermos completos nos basta cultivar as coisas simples, como um almoço com pessoas queridas, um reencontro inesperado, a lembrança que uma boa música nos traz. Deixamos de lado tudo isso para enfrentar, competir, lucrar e vencer. Uma vitória sem ganhadores ou como se alguém vencesse um campeonato, mas não fosse buscar o prêmio, porque não percebeu que era o campeão.
Volte-se para dentro de si e descubra o que realmente o eleva de forma consciente. A paz interior precisa ser contemplada. O tempo perdido não volta, porém, ainda é possível escrever uma nova história, mais feliz com quem amamos!
Ioná Piva
Atualmente é professora da Faculdade Canção Nova (Jornalismo e Rádio e Televisão). Mestre em Comunicação Social pela linha de pesquisa Inovações Tecnológicas na Comunicação Contemporânea
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