Estamos na Solenidade do Domingo de Pentecostes (Ano A) e pedimos ao Senhor que derrame sobre nós o seu Espírito Santo que é paz e de transmitirmos essa paz por onde quer que passemos.
Liturgia da Palavra
1ª Leitura: Actos dos Apóstolos ( 2, 1-11) | “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar”
Salmo 103 (104), 1ab.24ac.29bc-31.34 | “Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra”
2ª Leitura: Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios ( 12, 3b-7.12-13 ) | “Todos nós fomos baptizados num só Espírito, para formarmos um só Corpo”
Evangelho: São João ( 20, 19-23 ) | “Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós: Recebei o Espírito Santo”
Com a solenidade do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, encerramos o Tempo Pascal. Nela celebramos a efusão do Espírito Santo sobre a Igreja nascente, sobre os Apóstolos, que perseveravam unidos em oração com Maria, Mãe de Jesus, como nos refere São Lucas, nos Actos dos Apóstolos.
O Pentecostes era uma especial festa dos judeus, que celebrava a Lei que Deus entregou a Moisés no Monte Sinai, para que o povo eleito pudesse viver no caminho da aliança. O Pentecostes da nova aliança, 50 dias depois da Páscoa de Cristo, ocorrido no mesmo dia da festa judaica, indica que a antiga lei vem substituída pela lei do amor do Espírito Santo.
O Espírito de Deus no Pentecostes manifesta-Se mediado por sinais exteriores: “forte rajada de vento” e “línguas de fogo”. São imagens que ajudam a entender a presença do Espírito Santo, hoje, na sua Igreja: presença que gera dinamismo forte, como o vento, e que transforma, como o fogo.
São Lucas observa que, estando presente em Jerusalém tanta variedade de povos, culturas e línguas, “cada um ouvia os apóstolos falar na sua própria língua”. Não é verdade que, quando nos deixamos guiar pelo Espírito de Deus, conseguimos fazer-nos entender e criar unidade, apesar de todas as diferenças de gostos, estilos, idades e culturas?
Perante as rivalidades e divisões que o apóstolo Paulo notava na comunidade cristã de Corinto, sublinha que os carismas e dons só valem se estão ao serviço do bem comum, criando unidade. É que “fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só corpo”.
Nas aparições de Cristo ressuscitado, este apresenta-Se como quem oferece o dom da paz: “A paz esteja convosco!” Cada um dá o que tem. E Cristo oferece-nos, também hoje, a paz do “Deus da paz”. Para que a minha vida seja uma manifestação da presença de Deus, preciso de transmitir paz.
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