“Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor”, é assim que o Papa Francisco se refere a São José ao iniciar o seu pontificado em 2013.
É a este homem que Deus confia o Seu bem mais precioso, o Seu filho unigénito. Este homem silencioso e humilde é o guardião da Sagrada Família: não há registo de qualquer fala sua nos Evangelhos. È mencionado nos Evangelhos de Mateus e de Lucas e em São João alguém se refere a Jesus dizendo que Ele é filho de José. A sua presença é real, concreta, ativa mas pouco se fala dele ao longo dos textos do Novo Testamento, todavia sabemos que Jesus lhe era submisso (Lucas 2,51).
No relato das Aparições em Fátima, São José aparece referido por três vezes, em 19 de Agosto (quarta aparição), em Setembro e em Outubro “Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. São José com o Menino pareciam abençoar o Mundo, com os gestos que faziam com a mão em forma de cruz.” (Memórias da Irmã Lúcia).
E, hoje, neste tempo de incerteza mas de fé, em que a nossa vida está em alerta por causa de uma pandemia, somos convidados a olhar, mais uma vez, para São José, que abençoa o mundo, as famílias, as casas.
A ele recorremos e confiamos. Pela sua intercessão acreditamos tocar o coração de Deus. Vários Santos nos ensinam (nomeadamente, Santa Teresa de Ávila) que quem invoca São José nas suas tribulações não fica desiludido.
Segundo Santo Henrique de Ossó (1840 – 1896) “Os devotos de S. José são favorecidos de maneira especial por este Santo:
1º. Com o espírito de oração.
2º. Com o dom da castidade.
3º. Com auxílios extraordinários para sair do pecado e afugentar os demónios.
4º. Com uma devoção terníssima a Maria Imaculada.
5º. Com a maior das graças, isto é, com uma doce agonia e uma santa morte.”
Na sua simplicidade e humildade, educa-nos para sermos servos fiéis do Senhor, ensina-nos a escutar, a estar disponíveis, a sairmos de nós próprios, do nosso egoísmo, para nos doarmos inteiramente aos outros, cumprindo os desígnios de Deus.
Possamos aprender de São José a abandonarmo-nos na vontade do Pai, a seguir os Seus planos.
Glorioso São José, a quem Deus confiou o Seu Filho, ensina-nos a confiar também, a sermos atentos e vigilantes, humildes e silenciosos.
A ti, recorremos nesta hora de incerteza e de provação, conscientes do teu poder e da tua intercessão, acreditando que não desamparas nenhum dos irmãos de teu Filho Jesus.
Guardião da Sagrada Família, guarda cada família, cada lar.
São José, valei-nos!
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