Ressuscitou! O túmulo vazio abre esperança para a vida

Durante a solene Vigília Pascal os nossos olhos foram iluminados para que, tal como o discípulo amado, pudéssemos ver e acreditar. O túmulo vazio é sinal da purificação interior que fomos fazendo ao longo da nossa caminhada quaresmal. Já não devem haver ligaduras nem ataduras que nos possam amarrar ao pecado de outrora, porque ressuscitámos com Cristo para uma vida nova, à qual Ele deu início. Libertos das insídias da morte, em que o pecado nos trazia, podemos “aspirar às coisas do alto”. Tudo isto nos foi possível ver, resta-nos acreditar para que possamos ir “pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos”. E seremos fiéis testemunhas, porque também nós passámos da morte à vida nova em Cristo.

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 10, 34a. 37-43  —  “Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos”
É esta a segunda celebração da Eucaristia que o povo cristão faz depois da grande celebração da Vigília, na noite santa. Durante a semana que vai seguir-se vai-nos ser proclamada a grande notícia que resume todo o mistério pascal e toda a fé cristã: Cristo morreu e ressuscitou, n’Ele todos os homens encontram o perdão dos pecados e o acesso a Deus. O Livro dos Actos dos Apóstolos vai acompanhar-nos na primeira leitura, ao longo de todo o Tempo Pascal, e vai mostrar-nos como a Igreja, o novo povo de Deus, nasce de Cristo morto e ressuscitado.

Salmo 117 (118) — Este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria.

2ª Leitura: Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses 3, 1-4 — “Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo”
Pelo Baptismo, ressuscitámos com Cristo para uma vida nova, que nos dá direito de participar um dia, com Cristo, na sua glória. Vivamos de maneira a tornar esse direito uma realidade.

OU

Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios 5, 6b-8  —  “Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa”
A Ressurreição do Senhor é a sua vida nova em Deus. A sua passagem da morte à vida inaugura o mundo novo, que é para nós, desde o Baptismo, a grande aspiração, já atingida em esperança, porque já possuída em graça. O que é velho passou.

Evangelho: São João 20, 1-9  —  “Ele tinha de ressuscitar dos mortos”
O túmulo vazio foi o primeiro testemunho de que o Senhor não era mais um morto. Lentamente, mas firmemente, Madalena, depois Pedro e João, crêem que Jesus ressuscitou dos mortos, e abre-lhes a esperança para a vida.

Padre António Justino Filho
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