Neste 33º Domingo do Tempo Comum em que se celebra o Dia Mundial dos Pobres, o Senhor das nossas vidas desafia-nos a arriscar tudo o que somos e temos ao serviço dos nossos próximos.
O livro dos Provérbios (31, 10-13.19-20.30-31) faz o elogio da mulher virtuosa. É uma justa ocasião para agradecermos a Deus o tesouro que têm sido incontáveis, mulheres ao longo da nossa vida, começando pela nossa mãe, irmãs, catequistas, professoras, colegas, amigas. As suas virtudes e testemunho de vida são uma riqueza que nos enche de esperança e alegria.
Na Primeira Epístola do Apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses (5, 1-6) o apóstolo Paulo exorta-nos a fugir das trevas, que são imagem do mal e do pecado. Convida-nos a ser “filhos da luz”, com uma vida digna de irmãos de Jesus Cristo, pelo amor e o serviço. Vivendo assim, vigilantes na caridade, aguardamos confiantes a chegada do Senhor.
Na parábola dos talentos (Mateus 25, 14-30), Jesus dá-nos uma lição sobre o modo como fazermos render as capacidades e qualidades que temos. Não são condecorações pessoais, mas instrumentos de serviço. Temos de dar contas a Deus do seu uso. O servo que, com preguiça e medo, enterra o talento, é condenado severamente. O Senhor das nossas vidas desafia-nos a arriscar tudo o que somos e temos ao serviço dos nossos próximos.
Celebrando-se neste domingo o Dia Mundial dos Pobres, destaco um parágrafo da Mensagem do Papa Francisco para o presente ano: “Nestes meses, em que o mundo inteiro foi dominado por um vírus que trouxe dor e morte, desconforto e perplexidade, pudemos ver tantas mãos estendidas! A mão estendida do médico que se preocupa de cada paciente, procurando encontrar o remédio certo. A mão estendida da enfermeira e do enfermeiro que permanece, muito para além dos seus horários de trabalho, a cuidar dos doentes. A mão estendida de quem trabalha na administração e providencia os meios para salvar o maior número possível de vidas. A mão estendida do farmacêutico exposto a inúmeros pedidos num arriscado contacto com as pessoas. A mão estendida do sacerdote que, com o coração partido, continua a abençoar. A mão estendida do voluntário que socorre quem mora na rua e a quantos, embora possuindo um teto, não têm nada para comer. A mão estendida de homens e mulheres que trabalham para prestar serviços essenciais e segurança. E poderíamos enumerar ainda outras mãos estendidas, até compor uma ladainha de obras de bem. Todas estas mãos desafiaram o contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação”.
Contemple o Senhor ainda neste dia com o Salmo 127, 1-5 – Ditoso o que segue o caminho do Senhor.
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