O coração de Maria impele a escutar o Espírito Santo e a escutar uns aos outros

Neste 105º aniversário da quinta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, D. José Cordeiro, refletiu sobre Fátima como casa de Misericórdia e de nos tornarmos Misericordiosos como Maria.

No seguimento da sua homilia na Celebração da Palavra, ontem, o bispo de Braga enumerou os sofrimentos que a humanidade atravessa e a necessidade de se refugiar em Maria. Hoje, volta a refletir nas mesmas realidades levando cada um a questionar-se: “será que se reforçam os valores fundamentais da família, da educação para a paz, da sobriedade, da comunidade e da ecologia integral?”

D. José Cordeiro, citando J. A. Mourão, descreve um mundo que secularizou o milagre. Em que as “obras de misericórdia converteram-se em obras sociais e que a Igreja é chamada a ser cada vez mais testemunha da misericórdia e da ternura no processo sinodal em que se encontra”.
Na mudança de época que vivemos com todas as crises económicas, políticas, sociais, ecológicas e eclesiais, o bispo de Braga refere a importância de peregrinar a Fátima e aprender na Escola de Maria o essencial da vida, isto é, colocar Jesus no centro da sua vida, acolher e escutar uns aos outros de forma ativa, como nos impele a esperançosa Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Lisboa 2023: “iluminada pelo evangelho de São Lucas: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1,39). A vida é peregrinação! Levantar-se, ir e voltar são verbos de movimento com determinação e sentido de missão.”

“A misericórdia implica obras. A fé pede-nos que sejamos capazes de passar das obras de misericórdia à misericórdia das obras. Assim, somos chamados a perdoar a quem nos ofendeu e a alcançar a paz para o coração para desta forma sermos felizes”, concluiu D. José Cordeiro.

.: Assista ao vídeo da homilia na íntegra:

 

Ver também homilia de 13 de setembro:
O que seria de nós sem a fé?