Na Celebração das Vésperas Papa refere caminho para recuperar do cansaço do caminho eclesial

Esta tarde, às 16h30, na Nunciatura Apostólica em Lisboa, o Santo Padre Francisco encontrou-se com o Presidente da Assembleia da República, Augusto Ernesto dos Santos Silva, e depois com o Primeiro-Ministro, António Costa. Em seguida, dirigiu-se de carro para o Mosteiro dos Jerónimos para a recitação das Vésperas com Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Consagrados, Seminaristas, Agentes Pastorais e peregrinos.

Foto: Canção Nova Portugal

Os peregrinos lotaram as ruas à espera do Papa, no Mosteiro dos Jerónimo. Foi num clima de muita alegria que Francisco entrou lentamente pela igreja dos Jerónimos, cumprimentando as pessoas e ao mesmo tempo extremamente aplaudido.

O momento de oração iniciou às 17:30 com uma breve saudação de boas vindas do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa D. José Ornelas e Bispo da Diocese Leira-Fátima.

Na reflexão do evangelho de Lucas 5, 2 “viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes”, o Papa comentou que às vezes podemos sentir um enorme cansaço no nosso caminho eclesial, como redes que estão vazias, mas que é um risco querer descer do barco, deixar-se prender nas redes da resignação e do pessimismo. O Pontífice seguiu dizendo que hoje, Jesus faz esta pergunta a cada um de nós: “Queres descer do barco e afundar na desilusão, ou faze-Me subir permitindo que sejas mais uma vez a novidade da minha Palavra a tomar na mão o leme?”, orientando para a necessidade de despertar a ânsia pelo evangelho porque “este é o convite do Senhor, não é momento para desistir”, afirmou.

Ainda na sua reflexão o Papa Francisco indicou três caminhos para não desistir, o primeiro é fazer-se ao largo, buscar na adoração o gosto e a paixão pela evangelização, sem ideologias nem mundanismos, animados por um único desejo, que chegue a todos o evangelho.

Foto: Canção Nova Portugal

O segundo caminho indicado pelo pontífice foi o de levar juntos adiante a pastoral, sem deixar de lado a sinodalidade da Igreja, a comunhão, a ajuda mútua, o caminho comum. Aproveitou este momento para comentar sobre o sínodo que está em curso e que terá o seu primeiro período em outubro reforçando, “sem mundanismo, mas não sem o mundo.

E por fim, indicou o terceiro caminho, que cada um se torne pescador de homens, ajudar as pessoas a voltar a subir de onde afundaram, salvá-las do mal que ameaça afogá-las, ressuscitá-las de todas as formas de morte.

No final do momento de oração o Papa agradeceu a todos o exemplo de constância e confiou todos a Nossa Senhora de Fátima, à guarda do Anjo de Portugal e à proteção de Santo António. Na saída do Mosteiro dos Jerónimos, o Papa foi novamente aclamado, encerrando assim o último compromisso desta quarta-feira na sua viagem apostólica por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.