A Epifania (palavra grega que significa “manifestação”, aparição) é o complemento do Natal.
O Natal celebra Deus que se esconde e humilha, ao assumir a nossa natureza, para nos salvar. A Epifania celebra a Manifestação do Senhor como Deus e Rei universal, ao mesmo tempo que exalta a glória divina e a contempla brilhando no rosto da Igreja, Sua Esposa, a nova Jerusalém, depositária dos tesouros imensos da graça oferecidos a todos os Povos, à semelhança do que aconteceu com o Povo judeu.
Vejamos a liturgia da palavra:
1ª Leitura: Livro de Isaías 60, 1-6 — “Brilha sobre ti a glória do Senhor”
O profeta anunciou outrora a glória que ia brilhar sobre Jerusalém depois dos tempos do cativeiro. Hoje, na solenidade da Epifania ou Manifestação do Senhor, a Igreja fala a si mesma, em todas as assembleias do povo de Deus, para proclamar que o Filho de Deus feito homem é a sua luz , é para ela como o clarão de um novo dia que se destina a iluminar todos os homens e de todos fazer o Povo de Deus.
Salmo 71(72) – Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.
2ª Leitura: Epístola de São Paulo aos Efésios 3, 2-3a.5-6 — Os gentios recebem a mesma herança prometida
“Mistério” é a palavra com que o Apóstolo designa aqui o plano eterno de Deus. Só em Jesus Cristo Deus revelou completamente esse seu plano de salvação acerca da humanidade. Assim nos foi revelado que todos os homens, não só os do antigo povo escolhido, os Judeus, mas também os pagãos são chamados à salvação. Cristo realizou, de facto, a reconciliação da humanidade, reunindo-a num mesmo Corpo, a sua Igreja.
Evangelho: São Mateus 2, 1-12 — “Viemos do Oriente adorar o Rei”
Depois da festa do Natal, que apresentou Jesus como o Filho de Deus, descendente de David, realizando as promessas feitas aos Filhos de Israel, hoje, a Epifania manifesta-O como Salvador de todos os homens. É o que significa esta leitura, em que os pagãos, na pessoa dos Magos, são guiados aos pés de Jesus para O reconhecerem e adorarem e Lhe oferecerem os seus presentes. A Epifania é assim a festa das primícias dos pagãos e da universalidade do Reino de Deus.
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