Na homilia da Santa Missa deste Domingo que encerra a Festa da Misericórdia, Padre Delton Filho reflete na liturgia deste dia como caminho de salvação.
Antes de aprofundar a sua homilia Padre Delton relembra que o contexto da Festa da Misericórdia remete-nos a viver o terceiro mandamento da Lei de Deus, guardar as festas, alertando a que não se celebre a fé apenas através das transmissões pelos meios de comunicação social. “As transmissões pelos meios de comunicação são boas e importantes, mas não substituem ir à igreja e celebrar a fé juntos em comunidade”.
Somos levados assim a imaginar a primeira comunidade cristã de Jerusalém. Este é um exemplo que ficará para sempre como modelo autêntico de todas as comunidades cristãs. Padre Delton reflete mesmo sobre o caminho de salvação que Jesus aponta dentro da comunidade cristã e que consiste em viver na atitude contínua dos seguintes aspetos: “assíduos ao ensino, comunhão fraterna, fração do pão, orações, temor, união, tudo em comum, frequentar o templo, ter uma só alma, ser alegre, ser simples e viver em contínuo louvor”.
Nesta vivência cristã em comunidade Padre Delton dá enfase à necessidade da confissão e dos milhares de sacerdotes instrumentos da Misericórdia Divina, no dia de hoje, para que esta possa agir com o poder de transformar o pior pecador num santo. “O Senhor institui esta Festa para que ninguém tenha medo de Deus e sejam perdoados pecados e castigos”.
“«Não tenhais medo» diz tantas vezes Jesus”, afirma Padre Delton.
Apesar das provações que sempre nos vão acompanhar, como acompanharam Jesus, também para nós da morte surgirá a vida. Esta deverá ser a nossa grande motivação. “Motivação certa” como afirma Padre Delton porque da Ressurreição nasce a “Grande Misericórdia, uma herança eterna, perfeita, intocável.
“A Grande Misericórdia deve ser a nossa motivação. Achar que outras coisas nos vão trazer felicidade é a motivação errada. Se essas coisas não forem canalizadas para único sentido do ser humano que é Deus, seremos pessoas sempre frustradas”, afirma Padre Delton. E reforça que “apenas Deus não passa”.
Ainda acerca da “Motivação Certa ser a confiança na Grande Misericórdia” esclarece que um cristão que não passa pela provação nunca poderá agradar a Deus. “Não há crescimento humano possível. Não é fácil! Mas com a Motivação da Grande Misericórdia é mais fácil”, sublinha.
Na conclusão da sua homília leva-nos ainda refletir no apóstolo Tomé que colocando o dedo nas chagas do Ressuscitado acreditou em Jesus. Este apóstolo incrédulo, precisou ver para acreditar que Jesus afinal estava vivo. É como que uma prefiguração da Grande Misericórdia de Deus que podemos contemplar através da imagem pintada e divulgada por Santa Faustina.
Padre Delton finaliza assim refletindo nos elementos da imagem de Jesus Misericordioso que nos leva não à idolatria de uma imagem, mas de contemplar a sua beleza – “se a beleza de Jesus é assim, imagina o céu!” – porque nos tornamos aquilo que contemplamos e adorá-Lo é a razão da nossa alegria, afirma.
Padre Delton reflete assim nos elementos da imagem de Jesus Misericordioso e nas suas promessas:
“O raio pálido significa a água que justifica as almas, o raio vermelho significa o sangue que é vida das almas (…) feliz aquele que viver à sua sombra!” escreve Santa Faustina no seu Diário, parágrafo 299. São também símbolo do Batismo e da Eucaristia, convocação à confiança: JESUS EU CONFIO EM VÓS”.
Promessas especiais: salvação eterna, progressos na perfeição cristã, a graça de uma morte feliz, etc: “por meio desta Imagem concederei muitas graças às almas, que toda alma tenha, por isso, acesso a ela!” (D.570)
Ser Discípulo da Misericórdia é assumir um projeto de vida pela salvação das almas
Divina Misericórdia: a única dependência que faz sentido ter
- Cerimónia Nacional da Luz da Paz de Belém 2024 - 13 de Dezembro, 2024
- Preparativos do Patriarcado de Lisboa para o Jubileu 2025 - 12 de Dezembro, 2024
- Papa Francisco associa-se à cerimônia de reabertura da Notre-Dame - 12 de Dezembro, 2024