A Colina do Encontro, no Parque Eduardo VII, foi mais uma vez o ambiente central da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O cenário ficou perfeito para o primeiro encontro oficial de Francisco com os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
No início da tarde os jovens começaram a chegar e a ocupar a Colina. Vindos de todos os lugares de Portugal e do mundo, esperaram muitas horas enquanto assistiam às apresentações no palco principal.
O Parque Eduardo VII é um espaço verde de 25 hectares, e a sua localização proporciona uma bela vista para as outras colinas da Cidade de Lisboa.
O início da Cerimónia de Acolhimento ficou marcada pela chegada do Papa Francisco de papamóvel enquanto descia a colina saudando os peregrinos. Várias cartas destes jovens foram entregues no início da cerimónia por uma religiosa. Seguiu-se a saudação do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente. Neste momento inicial e a par dos apontamentos musicais – com Mariza, Héber Marques, Tiago Bettencourt, Cante Alentejano – que iam decorrendo no palco, as bandeiras de cada país participante, ia entrando, bem como os símbolos da JMJ: a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
No discurso do Papa Francisco para esta ocasião, o Pontífice dirige-se aos peregrinos como amigos e amigas e recorda aos jovens que Deus os chama pelo nome. Para Deus os jovens não são um número, um algoritmo de redes sociais e não se devem iludir nem deixar-se enganar com realidades que os atraem e prometem felicidade, Estas mostram-se depois pelo que são, coisas vãs, supérfluas, substitutos que deixam vazio interior, afirmou. O Papa reforça que “Jesus não é assim!”
Muito diretamente o Papa afirmou que na Igreja há espaço para todos, e quando não houver, o Pontífice pede que o façam. Que haja espaço para quem erra, para quem cai, para quem sente dificuldade. “Porque a Igreja é, e deve ser cada vez mais, aquela casa onde ressoa o eco do chamamento pelo nome que Deus dirige a cada um”.
Assim sendo, o Papa lança um convite a todos os jovens, que todos os jovens, por onde andarem, perguntem o nome uns aos outros e depois o pronunciem com amor e acrescentem sem medo: “Deus ama-te, Deus chama-te! Irmão, irmã, é bom que tu existas”.
Continuando a reflexão Francisco convoca os jovens para apresentarem a Jesus nestes dias de JMJ os seus sonhos, as perguntas importantes que trazem no coração, os seus afetos, anseios, família, o sentido da vida, seus segredos, as alegrias e preocupações, mas também os problemas dos países de origem e do mundo inteiro.
“Então descobrireis uma coisa nova e surpreendente: quando se pergunta ao Senhor, quando se Lhe abre diariamente o coração, quando se reza de verdade, verifica-se uma reviravolta interior. Pois, no diálogo da oração, Deus não cessa de surpreender-te: já que Ele não é um motor de busca, mas o Amigo verdadeiro”.
O Pontífice lembra os jovens de que todos precisam saber que Deus está próximo e espera apenas o mínimo aceno do coração para cumular de maravilhas as nossas vidas e compartilha um segredo: permanecer conectado com o Senhor.
Francisco encerrou o seu discurso reforçando: “Primeiro: Chamemos uns aos outros pelo nome e lembremos uns aos outros a beleza de ser amados e preciosos! Segundo: ponhamos as nossas questões a Jesus, que nestes dias espera muitas chamadas da nossa parte. Estejamos em conexão com Ele! Conectados com o amor, a alegria crescerá. Feliz JMJ!”
No final da cerimónia o Papa rezou a oração do Pai-Nosso e abençoou os peregrinos, a irem em paz, e que Jesus, de perto, os acompanhe.
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