Bom-dia! Estou aqui! Não sou um Deus distante, sou um Deus presente, que está aqui, mesmo ao teu lado, para te acompanhar em cada momento. Sou um Deus que está todos os dias ao teu lado, ainda que por vezes possa parecer distante, estou mesmo aqui!
Bom-dia! São palavras simples, de alguém que não quer voltar a mostrar-se ao mundo na sua grande potência, desferindo pragas sobre o faraó ou dividindo o mar em dois. Quero que saibas que estou presente nesta simplicidade, de um simples cumprimento, sem grandes ordens, sem grandes mandamentos e longas epopeias, apenas alguém que se quer mostrar para dar início a um diálogo.
Bom-dia! É hora de acordar! Vamos! Abre esses olhos e levanta-te! Já é manhã e o Sol lá fora já nasceu para ti! É hora de te mexeres, de vires ao Meu encontro. Consegues ouvir-Me? Se quiseres, podes responder-Me… Este Meu bom-dia espera de ti uma resposta. Quando acordares, fala comigo. Quero falar contigo! estás disposto a isso? O que tens para me dizer? O que tens para Me contar?
Chegou o tempo de advento! Um tempo de preparação à vinda de um Deus que se mostra como este “bom-dia”: um Deus presente, um Deus que se mostra na simplicidade e um Deus ansioso por uma resposta nossa. É este o centro da mensagem que os bispos portugueses nos escreveram para este tempo especial. Uma mensagem centrada neste Deus que vem para nos cumprimentar e transformar.
Este bom-dia de Deus não nos quer deixar indiferentes, quer tornar-se viral e só o conseguirá fazer se cada um de nós for capaz de O acolher e deixar-se transformar no íntimo do seu coração. Quem pensa que este Deus vem cheio de poderes e capaz de transformar a situação em que estamos de um momento para o outro, deve lembrar-se que Ele não quis nascer num trono, como rei ou imperador, mas numa simples manjedoura, pois não veio para mudar o mundo através da força do poder, mas através da força do amor.
Deus vem! Mesmo em pandemia Ele não deixa de querer nascer em nós! E quer tornar-se mais viral que o vírus: quer-nos contagiados pela serenidade, pela alegria, pela capacidade de olhar para quem nos está ao lado; contagiados pela capacidade de perceber que a vida é muito mais do que aquilo que este ano não podemos fazer. É muito mais do que compras, presentes, luzes, festas, saídas,…
Deixemo-nos contagiar e tornemo-nos contagiosos, como este bom-dia, na simplicidade, na presença e na resposta a quem está ao nosso lado. Assim, deixar-nos-emos transformar e seremos capazes de transformar este Natal num verdadeiro “Bom-Dia” de Deus!
É caso para perguntar: E tu? Quantos “bons-dias” já deste hoje?
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