Neste 13 de junho, o bispo da Diocese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária de junho, centrou a sua homilia na passagem do evangelho em que José e Maria andavam aflitos à procura de Jesus. No fundo, aproveitou esta leitura para dar continuidade ao que já tinha destacado na homilia da vigília, na noite anterior.
O bispo da Diocese de Bragança-Miranda destacou as dificuldades e provações que a “Família de Nazaré” teve de enfrentar, relacionando-a às realidades atuais das famílias dos tempos de hoje.
D. Nuno Almeida afirmou que estes desafios são “vencidos” se a família se mantiver unida e a “Família de Nazaré” é exemplo disso porque “vemo-los atuar sempre unidos”, isto é, em unidade e comunhão. Mantinham-se sempre numa atitude de escuta de Deus “prontos a obedecer à sua palavra, a fazer a vontade de Deus”. E essa atitude fazia-os sentir e experimentar que Deus estava com eles, os conduzia na sua vontade.
Para o bispo todos nos tornamos aquilo que recebemos nas nossas famílias ressaltando que “Há hoje a tentativa de basear o casamento e a vida familiar somente no amor individualista e romântico. Temos consciência de que só o amor fiel, indissolúvel, fruto de decisão livre e que se torna num amor fecundo pode ser fundamento seguro do matrimónio e, consequentemente, da família: aquele amor que Jesus, com gestos e palavras, ensina a pôr em prática”.
“É a arte cristã de amar que transforma a fé e o cristianismo”, afirmou sendo que para D. Nuno Almeida a família cristã sabe acolher, proteger e cuidar da vida humana desde o princípio até à morte natural, refletindo aqui sobre as leis que aprovam o aborto e a eutanásia no nosso país.
Desta forma, destaca a importância da atitude de Maria, refletida ontem à noite na sua homilia, isto é, a importância da “cultura do serviço” condição que permite humanizar o mundo. A atitude do “faça-se” e do “levantar e partir em direção ao outro como Maria na Visitação: Tema e lema da Jornada Mundial da Juventude e deste ano pastoral no Santuário de Fátima: «Maria levantou-se e partiu apressadamente»”.
O bispo afirma que “deixamos de ter vida se não nos levantarmos e pusermos a caminho constantemente, independentemente de sermos corredores de alta competição ou de estarmos fisicamente limitados pelas mais diversas razões” e por isso, “o levantar-se de Maria é um convite a transformar solidões egocêntricas em gestos de comunhão”.
Concluiu com a reflexão: “A nossa família é lugar que recebe e gera a vida em plenitude, nas várias dimensões humanas e cristãs?”
.: Assista à homilia na íntegra:
Homilia da vigília de 12 de junho
D. Nuno Almeida apela à “cultura do serviço” condição que permite humanizar o mundo
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