No 20º Domingo do Tempo Comum a Palavra de Deus vai direcionar-nos para o amadurecimento, a conversão e a fé.
Liturgia da Palavra
1ª Leitura | Isaías 56, 1.6-7
Salmo: 66 (67) | Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra
2ª Leitura | Romanos 11, 13-15.29-32
Evangelho | Mateus 15, 21-28
As experiências duras tanto nos podem fazer cair na amargura e na revolta, como serem graças que nos formam e amadurecem. A experiência do exílio e da escravidão na Babilónia, sendo uma terrível humilhação, também fez crescer a abertura do povo de Israel a outros povos e culturas. Os estrangeiros passaram a fazer parte do seu povo. O templo de Jerusalém converteu-se em “casa de oração para todos os povos”. O mesmo Deus continua hoje a desafiar-nos a derrubarmos fronteiras e muros de separação, construindo pontes de inclusão e fraternidade.
São Paulo faz uma leitura positiva da rejeição de Cristo pelo seu povo. Assim teve ocasião de proclamar a boa nova do Ressuscitado aos pagãos, aos gentios. Estes serão evangelizadores dos judeus, provocando neles uma santa inveja, nunca perdendo a esperança da sua conversão. A superabundância da misericórdia de Deus não tem limites e a sua desmedida paciência espera sempre por nós, para nos abraçar no seu amor incondicional.
No Evangelho encontramos uma mulher cananeia, de um povo estrangeiro, que vem ter com Jesus. Os seus discípulos, educados na exaltação do seu povo e na desconsideração do resto do mundo, pedem a Jesus que a mande embora. Jesus prova a fé da cananeia que humildemente se compara a um cachorrinho que espera lhe sejam concedidas as migalhas que caem da mesa do seu Senhor. Jesus responde com um elogio que nunca tinha feito antes a alguém de Israel: “Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas. E, a partir daquele momento, a sua filha ficou curada”. Embora nos sintamos indignos das graças de Deus, da sua misericórdia e amizade, nunca desanimemos de alcançar o auxílio divino que imploramos com fé.
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