Com o terço e uma vela

D. Armando Esteves Domingues, Bispo da Diocese de Angra é quem preside à Peregrinação Internacional Aniversária do mês de setembro.

As palavras iniciais de D. Armando na noite deste dia 12, tocam profundamente os corações daqueles que se encontram no Santuário de Fátima: “Com o terço numa mão e uma vela na outra, chegamos a este lugar da Capelinha das Aparições”. Referindo a todos aqueles que de coração aberto se dirigem ao Santuário de Fátima como peregrinos. E a “Igreja de portas abertas, como uma Mãe”, que acolhe a todos. “Todos têm lugar” ressaltou D. Armando relembrando as palavras do Papa Francisco na JMJ Lisboa 2023.

O Bispo de Angra ressalta a simplicidade da oração do santo terço, que está acessível a todos “até os que não sabem ler” sabem rezar o terço. Seguiu dizendo da história dos frades Dominicanos, onde o santo terço era a “Bíblia dos pobres, porque muitos não podiam rezar os salmos por não saberem ler”.

D. Armando afirma que Fátima é uma grande divulgadora do Terço. “Rezar o terço todos os dias é a única coisa que a Senhora referiu em todas as aparições”. Referindo às seis aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, de Maio a Outubro de 1917, em Fátima.

O Bispo faz memória do último 05 de agosto, esteve no Santuário de Fátima, a rezar o Terço com o Papa Francisco, na ocasião da Jornada Mundial da Juventude 2023. O Papa veio a Fátima rezar com aqueles “escolhidos dos mais frágeis, a lembrar que, com a oração do terço, cada cruz pode ser iluminada pela fé”.

D. Armando faz memória das palavras do Santo Padre, o Papa Francisco, quando refere a paz “como uma semente que germina em homens novos, moldados na oração e na luz do Evangelho”. Desta forma, o Bispo completa dizendo que a paz capaz de inundar “as cidades dos homens, as casas das famílias e as pessoas que sofrem” só pode brotar dos corações que amam.

Sobre a mensagem de Fátima em setembro de 1917, o Bispo ressalta o pedido de Nossa Senhora aos pastorinhos para que continuassem a rezar o terço para o fim da guerra.
Numa imagem atual, leva os fiéis a perceberem os movimentos contrários à paz próximos a nós e em nosso interior, levando os fiéis a elevar uma prece ao céu, pedindo ao senhor que “nenhuma cruz nos roube a paz”. Da mesma forma, o Bispo segue incentivando os fiéis a interceder pela paz na Ucrânia e os países em guerra, assim como “a paz para as vítimas do terremoto em Marrocos e as inundações na Líbia. “Fátima é o altar do mundo e da Paz, é o lugar do amor puro”, referindo aos três Pastorinhos.

Em um segundo ponto de sua homilia, D. Armando elucida a vela que os peregrinos trazem acesa durante a procissão, convidando a cada um a imaginar essa luz a brilhar dentro do peito e a iluminar os arredores. Lembra também da Luz recebida no Batismo. Além disso, D. Armando faz menção às palavras do Papa Francisco aos jovens de todo o mundo, na missa de envio da JMJ 2023, onde ressalta que, “é preciso resplandecer, porque precisamos de lampejos de luz que forneçam esperança para enfrentar os desafios”. Palavras do Bispo de Angra, que segue a levar os peregrinos a refletir “esta nossa luz interior é luz que ilumina à nossa volta ou somos velas apagadas?”
A memória de Santa Jacinta Marto é trazida a partir de uma frase que D. Armando expressa como a força interior de onde tudo nasce: “ai se eu pudesse meter no coração de toda a gente o lume que tenho cá dentro no peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do coração de Jesus e do coração de Maria”.

D. Armando fala da necessidade da Igreja missionária como “luz no meio deste mundo frio e cheio de trevas”. Entretanto, ele diz da urgência em “fazer caminho juntos, ser dom para os outros sem esperar recompensa”. Pois, este deve ser o “lema de todo o batizado”, enfatizando que não se deve esperar uma Igreja missionária apenas dos Padres, religiosos ou das comunidades, mas que todos os batizados precisam assumir a responsabilidade de ser “dom para os outros”.

Seguindo para a conclusão de sua homilia, D. armando leva os peregrinos a fazer uma prece a Nossa Senhora “peçamos a graça à Senhora de Fátima de nos ensinar a ser Igreja Mãe, de todos, com todos e para todos!”
Imbuído do espírito da JMJ, D. Armando roga a Mãe do céu que “a geração 2023”, se referindo aos Jovens presentes na Jornada Mundial da Juventude, “faça crescer muitos jovens santos, também eles moldados pela oração do terço e outras orações, revestidos com a veste da misericórdia de Deus e fortalecidos pelo espírito do sacrifício”.

D. armando concluiu sua homilia com a oração:
“Escuta, ó Mãe bendita, a voz dos teus filhos que contigo peregrinam em busca do Teu Filho. Nossa Senhora Apressada, como te chamou o Papa Francisco, ensina-nos a tua pressa, ajuda-nos a sair com Jesus no seio como tu, para amar e enxugar as lágrimas do rosto dos nossos irmãos; Lembra-te dos jovens do nosso país, em especial os que estiveram na JMJ. Ajuda-os a saber contar o que viveram, a viver o que contam e a serem discípulos atentos do teu Filho. E a nós, querida Mãe, ajuda-nos a entender que com um terço e uma vela se pode mudar o mundo! Amém.

.:Assista á homília na íntegra: