Maria levantou-se por amor e partiu para amar

D. Armando Esteves Domingues, Bispo da Diocese de Angra é quem preside à Peregrinação Internacional Aniversária do mês de setembro, que assinala a V Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos.É composta neste dia 13 por 35 grupos de peregrinos de todo o mundo.

D. Armando inicia a homilia deste dia, fazendo-nos refletir sobre a atitude da Virgem Maria ao visitar Isabel após o anúncio do Anjo “levantou-se por amor e partiu para amar!” Desta forma o Bispo faz-nos perceber que a atitude de Maria contempla também todos aqueles que de alguma forma “parecem estéreis”, seja por enfermidades, desanimos, a incluir as “famílias sem Deus”. Maria “leva-lhes o amor misericordioso que já habita no seu seio”.

“Maria tem pressa”, ressalta o Bispo de Angra ao referir sobre a atitude de Maria “uma jovem virgem” de prontamente se colocar a caminho e “iniciar ali uma aventura, mesmo sem saber até onde Deus a levaria”.

Ao mencionar o evangelho deste dia festivo no Santuário de Fátima, D. Armando refere que a “Santa pressa” da Virgem Maria continua a acontecer por meio de Jesus. Desta forma, leva-nos a refletir sobre a necessidade de “levar Jesus a quem precisa” e não se fechar no isolamento, mas de imediato se “levantar e andar”, pois “Onde Maria passa, até o deserto floresce”.

D. Armando relata sobre a diversidade de povos encontrada no Santuário de Fátima que “vem em busca da Mãe do céu” unida pela mesma fé, “uma fé que se vê”.

A reflexão segue levando-nos a pensar nos dias atuais onde “as pessoas já não parecem sensíveis à dimensão religiosa”. E assim leva-nos a pensar na possibilidade de encontrar Cristo “aqui na terra e na carne ferida. Deus para além das estrelas, cuja vida pulsa.”

Ao questionar como falar de Deus no mundo de hoje, D. Armando faz memória da JMJ de Lisboa, e relata “o estaleiro de esperança” e a necessidade de ser cultivado para que não se perca o entusiasmo. Prossegue dizendo o que o mundo pode acompanhar nos dias da JMJ, “uma Igreja jovem e viva, alegre, em festa, desejosos de um mundo novo”.

Foto: Luciana Sitta | Canção Nova Portugal

“Havia e há muita esperança no ar!” Refere o Bispo sobre as marcas de esperança que JMJ imprimiu na Igreja e na juventude de todo o mundo, seguindo com um questionamento a todos os presentes: “Não será isto que a Igreja precisa?” Mas, também à Igreja Portuguesa: “Como poderemos avançar?”

Em resposta ao questionamento anterior, D. Armando utiliza as palavras do Papa Francisco: “Contai o que vivestes, dizei-o a amigos e desconhecidos em todo o lado. Basta contar a vida de Deus em nós e muita coisa acontecerá”. E completa a dizer da atitude da Virgem Maria que “contou e cantou o Magnificat”, assim como o Pastorinhos que mesmo na simplicidade das palavras pronunciadas, não deixaram de proclamar as experiências vivenciadas.

D. Armando convida a Igreja à escuta, como caminho inicial para “discernir o que o Espírito quer dizer” através dos jovens que viveram dias de graça na JMJ Lisboa, pois “As palavras reabrem-nos o céu”. Desta forma, faz um paralelo entre a “escuta” e o “falar”, e segue ressaltando a importância do testemunho, pois parece ter “demasiados cristãos mudos”, por outro lado “onde há Cristãos iluminados pela Palavra pode-se fazer uma verdadeira experiência de Deus”.

A seguir para a conclusão, D. Armando refere que é “urgente combater o individualismo e reconstruir comunidades”, a convidar as Famílias para “apostar nas comunidades paroquiais e beber uma espiritualidade comunitária, que vença os egoísmos”. É disso que Maria continua a ter pressa” conclui D. Armando.

.:Assista á homília na íntegra:

 

Dayane Vanzela
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