Estamos no 16º domingo do tempo comum! Vejamos o que a Liturgia da Palavra nos ensina:
O profeta Jeremias (Jr 23, 1-6), como porta-voz de Deus, corajosamente denuncia os pastores que se ocupam e preocupam consigo mesmos, negligenciando ou mesmo desprezando as ovelhas que lhes estão confiadas. Estamos no tempo do rei Joaquim, que viveu a promover as suas riquezas e luxos à custa de cometer injustiças, até o seu reino ser conquistado por Nabucodonosor. Mas quem fala em nome de Deus é sempre portador de esperança e assim profetiza Jeremias: “Dar-lhes-ei pastores que apascentem as minhas ovelhas e não mais terão medo ou sobressalto; nem se perderá nenhuma delas”. Quando estamos do lado de Deus, no túnel escuro dos problemas e dificuldades, fazemos sempre acender uma luz de esperança.
Perante a tendência isolacionista do povo de Israel, o apóstolo Paulo recorda que Cristo veio derrubar o muro de inimizade com os gregos e demais povos (Ef 2, 13-18). Cristo vem apresentado como “a nossa paz”, que “veio anunciar a boa nova da paz”, e “pela cruz reconciliou com Deus uns e outros”. Promover a unidade e o bom entendimento de todos é mais que um simples gesto de cortesia ou diplomacia; é atualizar a missão de Cristo, que nos deu o mandamento da unidade: “Que todos sejam um”.
O Evangelho de Marcos (Mc 6, 30-34) apresenta-nos um retrato humanamente muito belo de Cristo, preocupado com o nosso descanso, dado o desgaste da aceleração do ritmo de vida, mesmo por boas causas: “Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco. De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo para comer”. Haverá alguém mais humano do que Deus? Jesus Cristo dá-nos a resposta certa, como promotor do nosso descanso.
Para refletirmos: Sei espelhar para os outros que vivem comigo esta imagem divinamente humana de Cristo?
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