Neste mês de Maio, mês de Maria, da mulher, do dia da mãe, vamos refletir sobre algumas virtudes importantes que observamos na mulher.
A mulher traz em si, em embrião uma série de virtudes que a ajudam a desenvolver o seu dom e a realizar a missão que Deus lhe deu, amar e ser amada. Edith Stein (1) refere que a mulher nasceu para gerar vida ao seu redor e zelar por ela, enfatiza, ainda, que a formação do ser humano é a tarefa mais elevada da mulher, a sua tarefa específica e, portanto, que a mulher porta em si o dom de “ser esposa e mãe”.
Neste sentido, depreendemos que a mulher tem, interiormente, algumas virtudes específicas, para desempenhar esta missão, pois são imprescindíveis ao cumprimento dessa tarefa.
Observamos, facilmente, na mulher as virtudes da generosidade, bondade, ordem, trabalho, compreensão, visto serem necessárias e específicas para exercer a sua maternidade e desenvolver o seu trabalho de formação humana. Claro, umas mulheres desenvolvem mais umas virtudes que outras e umas são mais visíveis numas mulheres que noutras, mas de forma geral, estas que referi são, facilmente, verificáveis.
É comum vermos uma mulher que rapidamente dá ao outro o que ele necessita, que se compadece com o outro, tenta ajudar, na forma que está ao seu alcance e, se necessário, conversa com mais alguém para a ajudar ou orienta a pessoa nos passos necessários para obter essa ajuda. A mulher não consegue ficar indiferente à necessidade do outro e percebemos a sua bondade, o seu coração que se compadece com a dor do outro e, por vezes, dá o que não pode, ou não tem, mas dá por amor e compaixão. Assim como a compreensão, a mulher consegue, facilmente, ser empática, compreender o que o outro está a sentir, ou o que o outro está a querer dizer. Da mesma forma, verificamos que a mulher tem o dom da ordem e do trabalho, pois vemos como ela consegue organizar as tarefas a serem realizadas, orientar uma rotina de trabalho com os horários definidos e as atividades respetivas, e gerir diversas funções a executar. Portanto, estas virtudes são, facilmente, observáveis, elas fazem parte de um dia a dia de uma mulher esposa e mãe. Então, juntando tudo isto percebemos as características necessárias para que, um dia agitado de uma mãe, possa correr de forma organizada e acolhedora.
Contudo, existem outras virtudes que, embora sejam importantes, são um pouco mais delicadas, ou só se percebem em situações mais específicas. São essas que irei abordar este mês, trazendo a cada semana um caso prático de situações vividas por mulheres, onde nos
podemos rever. Todos os exemplos que trago são retirados de algumas situações, mas nenhum é o retrato único e fiel de uma mulher só e sua vida, mas uma compilação.
Iremos abordar a virtude da fortaleza, audácia e flexibilidade. São virtudes que podemos trazer em nós sem sabermos, mas quando uma situação limite nos toca elas podem ser exploradas e educadas para que se tornem grandes aliadas na resolução da situação. Vejamos, rapidamente, o que cada uma quer dizer:
A fortaleza é a capacidade de, em situações adversas, a pessoa conseguir resistir às influências negativas e suportar os obstáculos desagradáveis, conseguindo encontrar forças para superar as dificuldades e, até, alcançar grandes feitos.
A audácia leva a pessoa a realizar determinadas ações que, embora pareçam pouco prudentes, ela tem a convicção, serena, de que pode, mesmo correndo riscos, alcançar um bem maior.
A flexibilidade ajuda a pessoa a gerir o seu comportamento e a moldá-lo a determinada circunstância, comportamento ou pessoa, não deixando modificar o seu ser.
Até à próxima semana onde veremos a primeira virtude, na prática.
(1) Milani, E. (Coord.). (s.d.). Edith Stein: Mulher, sua missão segundo a natureza e a graça. EDUSC.
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