Gianna Beretta Molla, nasceu a 4 de Outubro de 1922 em Magenta, uma localidade situada na província de Milão em Itália. Nasceu numa família numerosa, simples, laboriosa e profundamente Católica. Foi educada na fé e soube captar essa espiritualidade, trazendo-a para a prática da vida quotidiana através de um forte testemunho.
Gianna Beretta nasceu no mesmo ano em que Mussolini chega ao poder com os seus ideais fascistas mergulhando a recém – formada Itália num regime político ditatorial. Este regime político irá abolir de forma crescente todas as liberdades individuais. Durante os anos 30 Mussolini leva a cabo uma política de invasão de outros territórios, consolida ideais nacionalistas que agravam a situação económica e aproximam a Itália de outros regimes idênticos que nasciam um pouco por toda a Europa. Mussolini apoia Franco na guerra civil espanhola e alia-se a Adolf Hitler – entrando ao seu lado na segunda guerra mundial em 1940, quando Gianna tinha apenas 18 anos. Talvez motivada por todo este ambiente e pela educação cristã que recebeu na sua casa, Gianna tornou-se um membro ativo da ação Católica dedicando-se diligentemente ao apostolado principalmente entre os idosos e os necessitados nas conferências de São Vicente.
Decide prosseguir estudos na área de medicina e é com louvor que se forma em Medicina e Cirurgia pela Universidade de Pavia em 1949. Em 1950 abre o seu próprio consultório e em 1952 especializa-se em pediatria pela Universidade de Milão. Dedica-se especialmente ao cuidado de mães, crianças, idosos e pobres, vivendo na esfera profissional o mesmo amor pelo Evangelho e por Nosso Senhor.
No início da sua carreira profissional Gianna desejava unir-se ao seu irmão, Padre Alberto, médico e missionário, que havia fundado um hospital na cidade de Grajaú, no estado do Maranhão no Brasil, mas foi desaconselhada por seu bispo. Gianna vive a sua profissão como uma verdadeira missão e apostolado e acaba por discernir a sua vocação ao matrimónio.
Deseja então constituir uma família verdadeiramente cristã e é em 1954 que conhece o seu futuro esposo, Pietro Molla. Noivaram na primavera de 1955 e casaram a 24 de Setembro do mesmo ano. Gianna e Pietro preparam-se para o casamento com grande alegria deixando um testemunho riquíssimo de uma namoro casto ao qual podemos ter acesso através das cartas trocadas entre os noivos. É com a entusiasmo e grande confiança na Providência que o jovem casal inicial a sua vida matrimonial, partilhando o profundo desejo de serem uma família cristã.
Insert escrito : “Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas”.
Em 1956 nasce o primeiro filho do casal, um rapaz, e no ano seguinte nasce a menina. Dois anos depois acolhem a terceira filha. Gianna é uma mulher feliz. Concilia com simplicidade e alegria a sua atividade profissional com a maternidade, mantendo-se empenhada na sua missão. Fim parágrafo. 6
Em 1961, quando se encontra grávida do seu quarto filho é-lhe diagnosticado um fibroma no útero que a obriga a submete-se a uma cirurgia delicada. Gianna súplica ao médico que preserve a vida do bebé e assim é feito. A cirurgia é levada a cabo com êxito mas a vida da mãe e do bebé não ficam fora de perigo. Gianna e Pietro viverão estes meses de gravidez com admirável força de espírito, e ao aproximar-se o tempo do parto, Gianna súplica ao esposo que não hesite, se tiver de escolher entre a vida dela e a do bebé, escolha a vida do bebé.
No sábado de Aleluia de 1962 nasce a terceira filha do casal, mas o estado de saúde da mãe agrava-se e Gianna vem a falecer no sábado seguinte, a 28 de Abril de 1962. Tinha 39 anos.
O seu testemunho comovente torna-se desde logo motivo de grande devoção popular. Foi um testemunho de imolação meditada, como afirmou Paulo VI, ao recordar o gesto desta mãe.
Os milagres da sua beatificação e canonização chegam do Brasil, precisamente da diocese de Grajaú onde desejava ter sido missionária.
O Papa João Paulo II beatífica Gianna Bereta Molla em 1994, no ano internacional da família e declara-a Santa da Igreja no dia 16 de Maio de 2004, afirmando-a como uma mensageira simples mas significativa do amor divino e exortando os cristãos a descobrirem no seu exemplo a beleza pura, casta e fecunda do amor conjugal vivido como resposta ao chamamento divino.
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