Papa questiona pressupostos sociais da Europa e do Ocidente na sua chegada a Portugal

A chegada do Papa Francisco a Portugal nesta manhã de quarta-feira foi intensa. O avião que trouxe o pontífice aterrou no Aeroporto de Figo Maduro às 9h43, horário local, após ter percorrido mais de três horas de voo.

O Santo Padre foi recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e por duas crianças. Francisco saudou também as delegações presentes e a Guarda de Honra.

Foto: Canção Nova Portugal

No aeroporto estavam presentes também o Cardeal Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente, o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, o Bispo Emérito de Leiria-Fátima Cardeal, António Marto e o Presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar.

Na sala VIP do Aeroporto de Figo Maduro, o Papa conversou durante alguns minutos com Marcelo Rebelo de Sousa, antes de se dirigir para o Palácio Nacional de Belém. No caminho até ao palácio Francisco encontrou centenas de peregrinos que o saudaram pelas ruas da capital.

Na chegada à residência oficial do Presidente da República, numa visita de cortesia, mais uma vez Marcelo Rebelo de Sousa recebeu Francisco. Seguiram para o Centro Cultural de Belém onde estavam presentes as autoridades, sociedade civil, corpo diplomático, religioso e os jovens que o aguardavam. Hinos foram entoados, Guarda de Honra às Bandeiras fizeram-se presentes bem como diversas delegações.

No seu discurso, o primeiro desta viagem apostólica, Francisco disse que sonha com uma Europa coração do Ocidente, que use o seu engenho para apagar focos de guerra e acender luzes de esperança

Sobre a Jornada Mundial da Juventude, o Papa disse esperar que a mesma seja para o «velho continente», um impulso de abertura universal. E explicou: “Na verdade, o mundo tem necessidade da Europa, da Europa verdadeira: precisa do seu papel de construtora de pontes e pacificadora no Leste Europeu, Mediterrâneo, África e Oriente Médio“.

No Centro Cultural de Belém o Papa Francisco cumpriu os primeiros compromissos da agenda da sua 42ª viagem apostólica. Francisco expressou a sua felicidade por estar em Lisboa, cidade do encontro que abraça vários povos e culturas e que, nestes dias, mostra-se ainda mais universal; torna-se, de certo modo, a capital do mundo.

Alertou ainda sobre os problemas sociais levantando algumas questões: “Para onde navegais, Europa e Ocidente, com o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios?” recordando as palavras de Fernando Pessoa – ‘Navegar é preciso’. “Trabalhemos, pois, com criatividade para construirmos juntos!”, concluiu

Por fim, o Papa tirou a fotografia oficial e assinou o Livro de Honra.

 

 

 

Foto: Canção Nova Portugal