O Papa encerrou uma viagem de cinco dias à Polónia, a sua primeira ao país, depois de ter presidido à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Cracóvia, numa visita que incluiu uma homenagem silenciosa às vítimas de Auschwitz.
Francisco deixou vários apelos em favor do acolhimento de refugiados, um tema politicamente delicado na Polónia, e recordou as vítimas da guerra em várias partes do mundo, particularmente na Síria.
Tendo como pano de fundo os recentes atentados terroristas na Europa, que levaram a um reforço da segurança durante a JMJ, o Papa apresentou a “fraternidade” como única resposta à violência e ao ódio, afirmando que não se vence o terror “com mais terror”.
Perante mais de 1,5 milhões de pessoas, nos eventos conclusivos da JMJ, Francisco desafiou os jovens católicos a rejeitar o comodismo, assumindo a sua fé na praça pública, incluindo a esfera política, sem cederao egoísmo.
No Ano Santo da Misericórdia que convocou para celebrar um Jubileu da Misericórdia, o Papa lembrou por várias vezes duas figuras polacas particularmente ligadas ao desenvolvimento da devoção à Divina Misericórdia: São João Paulo II, criador das JMJ, e Santa Faustina, canonizada por este mesmo Papa.
Francisco confessou alguns jovens e almoçou com uma delegação que representava os cinco continentes presentes na JMJ 2016, dando continuidade à tradição nestes eventos.
Fora do programa da JMJ, o Papa quis visitar os antigos campos de concentração nazis de Auschwitz e Birkenau, onde permaneceu em silêncio e em oração ao longo de cerca de 90 minutos, saudando sobreviventes do Holocausto e pessoas que ajudaram judeus a escapar à perseguição, incluindo uma religiosa católica.
O pontífice argentino recordou depois aos jovens que a “crueldade” continua a marcar a vida da humanidade, tendo visitado um hospital pediátrico para sublinhar a importância de acompanhar os mais frágeis.
Francisco presidiu ainda a uma Missa perante dezenas de milhares de pessoas em visita ao Santuário de Czestochowa, onde evocou o 1050.º aniversário do Batismo da Polónia e a história recente de sofrimento do país.
A delegação portuguesa, com cerca de 7 mil jovens, foi a 9ª mais numerosa entre os 185 países e territórios representados na JMJ de Cracóvia.
O Departamento Nacional da Pastoral Juvenil promoveu um encontro dos peregrinos portugueses, a ‘LusoFesta’, com uma atuação da fadista Cuca Roseta e uma mensagem do selecionador nacional de futebol, Fernando Santos.
Fonte: Agência Ecclesia
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