O arcebispo de Braga alertou na sua mensagem de Quaresma para a necessidade de respeitar o direito “fundamental e inviolável” à vida, insurgindo-se contra as práticas do aborto e da eutanásia.
“Permitam-me ser claro: a vida da criança que está para nascer ou da pessoa que está para morrer é sagrada. A vida é um direito fundamental e inviolável! Escapa ao nosso domínio determinar sobre algo que nos ultrapassa. Vida é, em todas as circunstâncias, vida”, escreve D. Jorge Ortiga, num texto divulgado hoje no suplemento ‘Igreja Viva’, do jornal diocesano ‘Diário do Minho’.
O arcebispo primaz convida a fazer do tempo de preparação para a Páscoa um momento para “educar para a vida”.
“A Quaresma, apesar do seu timbre introspetivo, é um tempo de abertura e de preparação para a vida. Vida que nasce, antes de mais, da escuta da Palavra, da reflexão da defesa de valores inalienáveis”, assinala.
A mensagem alude ainda aos “olhos do sofredor”, desafiando a ver no outro a imagem de Deus.
“A sensibilidade para o divino treina-se com o exercício da fraternidade. Pobres de nós quando passamos adiante do sofredor ou aproveitamos e exploramos aquele que pouco ou nada tem”, refere D. Jorge Ortiga.
O arcebispo de Braga evoca a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, em que se fala do outro como “um dom”.
“Glorifiquemos o Senhor e alegremo-nos em Deus, tornando a Quaresma um tempo favorável para acolher o dom da Palavra e o dom do outro”, apela.
A mensagem conclui-se com votos de que as comunidades católicas vivam este tempo de preparação para a Páscoa com atenção à família e “predileção” pelos “mais débeis”.
Fonte:Agência Ecclesia
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