Sou feliz?

O que é ser feliz? O que é a felicidade? Atualmente, sou feliz? Perguntas que pode fazer a si próprio agora e refletir em breves momentos.

A felicidade é caracterizada, ou associada, a sucesso profissional (boa carreira, emprego recompensador financeiramente), construção de uma família, saúde e ter paz (não ter dívidas, estar bem com a maioria das pessoas que o rodeia). No entanto, você que está a ler estas linhas pode não se encaixar em algum destes pontos, ou em nenhum, então será que é feliz? Isto é, pode não gostar do seu emprego, não ter a família com que sempre sonhou, nem saúde e ainda ser feliz?! Claro! Como diz o psiquiatra Enrique Rojas “A felicidade não depende da realidade, mas da perceção daquilo que realmente fizemos”.

foto | unsplash

Ser feliz não tem a ver com o que, efetivamente, temos, mas com a reflexão do que construímos. Neste sentido, eu posso não ter o emprego com que sempre sonhei, mas tenho a plena convicção que me esforcei e que o que tenho foi fruto do meu esforço e dedicação.

A vida é feita de escolhas, de possibilidades e realidades e a felicidade encontra-se na luta entre uma e outra. Viktor Frankl dizia que o homem não procura a homeostase, pois necessita de um pouco de tensão entre o que é e o que deseja ser, visto ser isso que o impele a avançar e dar sentido à sua vida.

O importante é conhecer-me, ter noção das minhas capacidades, limitações e potencialidades, com este autoconhecimento tomo decisões sem medo de errar e vou avançando com os olhos fixos na meta.

Viver é sonhar. Ser feliz é sonhar. O sonho impulsiona a ir mais longe, a não parar nas adversidades, acreditar nas possibilidades, a pensar mais à frente, mais alto. Saber viver é saber nitidamente o que se quer. Como diz Enrique Rojas: “O homem superior leva, na sua mala de viandante, principalmente 3 coisas: a vontade de ser coerente, a valentia para ir contra a corrente e o humanismo para ver sempre no outro alguém de quem se ocupar”.

Felicidade, portanto, não é ausência de sofrimento, mas saber dar-lhe um sentido. As adversidades vão sempre existir e vamos deparar-nos com várias e diferentes intensidades. O que faz de nós quem somos, o que nos define é a forma como lidamos quando esse sofrimento nos atinge.

Que a nossa pergunta interior seja, frequentemente, “Estou feliz com as decisões que tomei ate hoje?”