Ser mãe, um dom de Deus

Sempre pensei que ser mãe era algo fácil, que era só querer. Bem, não foi isso que o tempo e Deus me ensinaram, pois ser mãe é mais difícil do que eu imaginava.

Primeiro, era preciso engravidar. Embora para algumas seja muito fácil, para outras era preciso tentar, tentar, tentar, chorar, rezar, procurar entender o porquê de estar demorando tanto, já que tantas não querem e mesmo assim engravidam.

Após a grande euforia da notícia positiva, é preciso tomar todos os cuidados para que a gestação seja tranquila.

Tive a chance de ouvir a música mais linda que já ouvi: os batimentos cardíacos daquele “serzinho” ainda em formação. Os meses foram passando, os enjoos, os ultrassons, a descoberta do sexo, a escolha do nome, o enxoval, o quartinho… Cada detalhe sonhando com aquele dia, o dia em que teria meu filho em meus braços.

O dia que era para ser o mais feliz, tornou-se, no entanto, o mais triste, pois o meu bebê, que era tão lindo, tão esperado, foi para UTI com uma suspeita de pneumonia. Foram 14 dias de sofrimento impensável, imensurável, nos quais eu morri de medo de amar quem já amava e perdê-lo, sem ao menos ter a chance de pegá-lo em meus braços.

Foi assim que fui aprendendo que ser mãe não são só sorrisos e alegrias, mas que a maternidade traz consigo uma dor e uma angústia que só quem é mãe pode entender.

Os anos passam, vêm as doenças próprias da idade: a primeira febre, a primeira crise de bronquite, que doe na alma; assim como o primeiro sorriso, o primeiro dentinho, o primeiro passo que trazem uma alegria sem igual!

Sei que, às vezes, esquecemos esse momento e nos prendemos ao presente; porém, esses momentos é que fazem nosso filho único, independente de quantos filhos possamos ter.

A postura que temos com ele, e digo aqui “ele”, porque, como disse, ele é único, é o que vai fazê-lo se tornar uma pessoa de bem, alguém que semeia a paz por onde vai, vai fazer toda a diferença. É preciso começar agora, é preciso amar.

É preciso colocar limites, sim, mesmo que esses nos doam ou aparentemente nem sejam tão importantes! Tudo isso é a maior herança que podemos dar ao nosso filho. Amor e limite precisam andar juntos!

Hoje, nossas preocupações podem ser se ele está bem na escola, quem são seus amigos, se ainda trazem consigo alguma doença que exija um pouco mais de atenção. Porém, aquela musiquinha que ouvimos no primeiro ultrassom precisa ser o ritmo que damos à nossa vida. A alegria é saber que uma parte de nós vive fora de nós e que temos a chance de fazer diferente, de mostrar outros caminhos.

Lembro-me de quantas vezes, na minha infância, falei que não cometeria os mesmos erros que minha mãe, e já lembro também de quantas vezes já me vi cometendo esses mesmos erros. Hoje, eu a valorizo, mas continuo não querendo cometer os mesmos erros que ela. Entendo por que ela errou, pois ser mãe não é fácil. Ser mãe é, com certeza, a tarefa e o dom mais difícil e precioso que Deus poderia nos dar.

Somos mães, somos doces, sensíveis, firmes, guerreiras e sonhadoras, somos únicas assim como nossos filhos!

Deus abençoe você