“Se o vírus não nos matar, vamos morrer de fome”, alerta pequena comerciante à Fundação AIS

Cresce o medo perante a evolução da pandemia do coronavírus na Venezuela. Com quarentena obrigatória e fronteiras fechadas, ninguém arrisca um cenário fácil num país em profunda crise e com um sistema de saúde deplorável.

Tal como em países com economia muito debilitada, também na Venezuela grande parte da população procura sobreviver com trabalhos esporádicos que oferecem rendimentos baixos. A quarentena forçada vem agravar ainda mais este cenário.

Foto | AIS

Estes Chacon, uma pequena comerciante, confidenciou isso mesmo à Fundação AIS. “Não sei quanto tempo teremos que suportar a quarentena, mas se o vírus não nos matar, vamos morrer de fome”…

De facto, a crise económica que já se arrasta há vários anos, está a ter consequências dramáticas para as populações, especialmente as pessoas que se encontram numa posição mais vulnerável, como as crianças, os doentes e os idosos.

Consequências dramáticas que exigem medidas também de excepção. D. Mario Moronta, Bispo da Diocese de São Cristóbal, pediu às autoridades para “garantir o acesso livre dos cidadãos a alimentos, medicamentos e cuidados médicos”.

Graças à ajuda de organizações como a Fundação AIS, a Igreja Católica tem tentado aliviar o sofrimento das populações que deixaram de ter meios de subsistência. Este apoio tem permitido, por exemplo, manter de portas abertas cantinas paroquiais que têm sido uma peça essencial no combate à fome neste país sul-americano.

Os benfeitores portugueses da Fundação AIS têm revelado um enorme espírito de solidariedade para com a Igreja venezuelana, nomeadamente através do apoio concreto às cantinas paroquiais, apoio que não será estranho ao facto de haver neste país sul-americano uma enorme comunidade lusa ou luso-descendente.

Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal