Salmo 68: Deus transforma o lamento em louvor

O Senhor é nossa esperança em meio às provações

O Senhor é a nossa esperança, e o Salmo 68 nos dá essa certeza, pois somos peregrinos da esperança. A Canção Nova é chamada a viver assim: como peregrina do amor, da fé e da confiança no Deus que tudo pode.

Somos uma comunidade de amor e adoração. E nós sabemos: precisamos muito do Espírito Santo. Porque amar é uma conquista diária, é a renúncia do homem velho todos os dias, todas as horas, em cada instante, para aderir ao bem, à caridade, à fraternidade, ao olhar que se volta sempre para o Alto.

E você percebeu? Estamos caminhando pelo Salmo 68, um Salmo de dor, de perseguição, de lamentação. E a palavra nos ensina: não precisamos esconder nossos sentimentos de Deus. Podemos chorar, reclamar, gritar, mas não permanecer caídos.

Nós nos levantamos no louvor, na ação de graças, na esperança, porque temos a certeza de que o Senhor abre o mar para nós. É assim que eu quero viver sempre, Senhor!

Maria, a porta da salvação e o caminho da confiança

Não foi assim que Maria viveu? Magnífica!
Pense numa jovenzinha, talvez com 15 anos, dentro de toda a tradição e rigor da fé judaica, acolhendo a vontade de Deus e abrindo as portas da salvação. Por isso chamamos Nossa Senhora de Porta da Salvação.

A salvação é Cristo, mas foi ela quem abriu a porta para que Ele entrasse na nossa história. Hoje, Ele mesmo nos convida a viver essa esperança: a certeza de que tudo coopera para o bem daqueles que O amam, mesmo em meio às perseguições e provações.

O clamor do Salmo 68 e a ação do Espírito Santo

Observe o Salmo 68: o salmista está abatido, triste, angustiado… Mas, de repente, ele proclama:

“Ó vós, humildes, olhai e alegrai-vos;
vós que buscais a Deus, reanime-se o vosso coração.”

Que coisa linda! Entre gritos de dor e de luta, ele levanta os olhos e contempla Deus. E é assim conosco. Quando nos derramamos diante do Senhor — no choro, na oração sincera, na entrega verdadeira —, o Espírito Santo vem em nosso auxílio, levanta a nossa alma, nos põe de pé, reacende nosso ânimo. E então nós gritamos novamente, mas, dessa vez, não na aflição, e sim na esperança:

“Ó vós, humildes, olhai e alegrai-vos;
vós que buscais a Deus, reanime-se o vosso coração.”

Do choro à vitória: a força do louvor

Diga isso para você, diga para quem está ao seu lado, para quem, hoje, lhe confidenciou uma dor. Vamos anunciar as grandezas do Senhor, porque Ele transforma nossas vidas mesmo em meio ao lodo, à aflição, às perseguições. Porque: “O Senhor ouve os necessitados e não despreza o seu povo cativo.”

E nós somos esse povo!

“Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que neles se move.”

Tudo pode até parecer bagunçado — vento pra cá, vento pra lá — mas o nosso coração não se abala, porque está firme em Deus.
Por isso cantamos Suas maravilhas:

“Sim, Deus salvará Sião e reconstruirá as cidades de Judá.
Para lá hão de voltar e a possuirão.
A linhagem de seus servos a receberá em herança,
e os que amam o seu nome aí fixarão sua morada.”

Do lamento nasceu o louvor.
Do nosso choro brotou a esperança.
Porque o nosso coração, quando está cheio de Deus, fala somente de amor, de fé e de confiança.

Maranatha! Vem, Senhor Jesus!


Luzia Santiago
Cofundadora da Canção Nova

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Nuno Nogueira
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