“Rezamos uns pelos outros”, é a frase mais lida nas mensagens que a AIS tem recebido nestes tempos de pandemia

A Fundação AIS tem recebido nas últimas semanas dezenas de mensagens oriundas dos quatro cantos do planeta. São textos, mensagens gravadas, às vezes vídeos, enviados por irmãs, padres, seminaristas e leigos de países onde a Igreja passa normalmente tempos duros, de perseguição, de exclusão social e de profunda pobreza. São mensagens de amor em tempos de pandemia. São dirigidas à Fundação AIS como agradecimento pela ajuda que continua a ser prestada às comunidades cristãs.

Algumas dessas mensagens são também a prova de coragem e da fidelidade dos cristãos nos seus países, apesar da violência, do medo e das ameaças a que estão sujeitos. É o caso do Sri Lanka. A comunidade dos monges beneditinos conta-nos que, por causa da pandemia do coronavírus, também a maior parte do país está em quarentena. Quase um ano depois do ataque terrorista no Domingo de Páscoa (21 de Abril), no qual cerca de 300 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas em sequência de explosões em três igrejas cristãs, os monges beneditinos não esquecem a Fundação AIS e rezam pelos seus benfeitores e amigos. “Não esquecemos a AIS. Rezamos para que o Bom Senhor possa protegê-los, pois acreditamos num Deus bom. Contem com a nossa proximidade espiritual convosco neste momento de perturbação.”

Do Sri Lanka até à República Democrática do Congo distam milhares de quilómetros de distância mas comunidades cristãs de ambos os países têm em comum a experiência de serem igreja vítima de intolerância e perseguição. Diz-nos o reitor do seminário maior de São Cipriano em Kikwit, o Padre Nadka, que “rezando uns pelos outros, podemos criar uma onda de solidariedade e esperança”. É uma mensagem de carinho e de proximidade neste período de prova para todos. É também uma mensagem de “grande confiança e esperança em Deus, que nunca abandona os seus fiéis”.

Do Chade, outro país profundamente afectado pela pobreza e insegurança , o Padre Donatien escreve-nos: “É com dor que partilho dos vossos sofrimentos e, como não tenho poder para deter este mal, peço a Deus Todo-Poderoso que alivie, que cure e ponha um fim a esta pandemia do Covid-19 e que recompense todos os que se sacrificam pela cura dos outros”.

São dezenas de mensagens escritas como prece, agradecimento e sinal de solidariedade de uns para com os outros. As irmãs franciscanas de Nossa Senhora do Monte, no Burundi, escreveram também para a Fundação AIS lembrando que a epidemia do coronavírus trouxe o medo para o dia-a-dia das populações em todo o mundo, sentimento que apanhou todos por igual: ricos e pobres. “Neste período que estamos a viver, o medo habita em nós há meses, independentemente de onde estejamos”, diz a Irmã Goretti. “Os nossos pensamentos vão especialmente para os países europeus, mais particularmente afectados. É um momento muito triste com as igrejas fechadas e as actividades interrompidas, e todas essas pessoas que morrem…” Contudo, apesar da dor, a Irmã Goretti lembra que a verdadeira esperança está enraizada na oração: “Quanto a nós, de momento, estamos ansiosos por rezar pelos países que estão a sofrer. Que o Senhor os ajude. Que Ele os proteja nesta prova”.

Tal como nestes países, também de Portugal têm chegado inúmeras mensagens à Fundação AIS. Dezenas de benfeitores e amigos da instituição têm telefonado praticamente todos os dias manifestando a sua preocupação pela situação das comunidades cristãos que vivem nos países mais pobres, ou que sofrem perseguição religiosa, oferecendo ajuda e as suas orações.

Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal