A Diocese de Viseu vai levar 177 jovens às Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) deste ano, em Cracóvia, seguindo viagem para a Polónia em conjunto com um grupo da Diocese da Guarda.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o padre António Jorge, responsável pela pastoral juvenil na Diocese de Viseu, realça o entusiasmo que os mais novos têm posto na preparação do evento, que vai decorrer entre 26 e 31 de julho na Polónia.
Além da “angariação de fundos” necessários para a deslocação, os jovens marcaram presença em “tempos de encontro e reflexão” sobre as jornadas.
Entre várias iniciativas, destaca-se um acampamento na Covilhã, com o objetivo de “proporcionar oração e convívio entre todos os jovens, para que a experiência da peregrinação seja mesmo o ir em conjunto”.
“Os jovens têm trabalhado também nos seus grupos, nos seus movimentos, têm também envolvido as comunidades, falando-lhes do que são as jornadas e é a partir dai que eles também conseguem preparar-se do ponto de vista não só económico mas também das motivações, do que é ir para as jornadas e depois regressar”, refere o padre António Jorge.
A 31.ª edição das JMJ tem como tema ‘Felizes os misericordiosos porque encontrarão misericórdia’, escolha que na opinião do sacerdote, diz sempre muito aos jovens “não só porque eles, na sua caminhada, sentem que precisam dela, nas alegrias e nas tristezas, mas também porque estão muito atentos às necessidades dos outros jovens”.
Este ano, Portugal deverá estar presente no certame com mais de sete mil peregrinos, sendo o nono país mais representado na Polónia.
O padre António Jorge lembra o facto de a edição deste ano das JMJ acontecer na terra do fundador das jornadas, o Papa João Paulo II.
Nesse sentido, será muito importante para os mais novos “irem à terra do Papa que fundou as jornadas, para além da possibilidade de reviverem ou descobrirem os lugares onde ele nasceu, viveu e começou a sua primeira etapa da vida”.
O “efeito João Paulo II” faz-se também sentir no tipo de participação nas jornadas: no caso da Diocese de Viseu, explica o sacerdote: são vários os pais e outras “pessoas mais velhas” que se inscreveram “e que vão, com os seus filhos”, “também como animadores”.
Um dado “excecional, talvez influenciado por essa memória” que os adultos têm de Karol Wojtyla, sustenta o diretor do departamento de Pastoral Juvenil da Diocese de Viseu.
Sobre o futuro, o padre António Jorge espera que a ida destes 177 jovens a Cracóvia possa contribuir para a desejada “renovação pastoral” da Diocese de Viseu.
“Vir das jornadas será para dar de facto força, poder, empenho por parte dos jovens naquilo que também é a renovação da Igreja diocesana em relação à importância dos jovens”, aponta o responsável católico.
A Diocese de Viseu está atualmente a concluir um período de Sínodo, e prepara-se também para celebrar os 500 anos da Sé local.
Dois acontecimentos que também serão potenciados de forma a “incluir mais os jovens” na missão da Igreja Católica e no seu esforço de “evangelização” em todo o território viseense.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos numa grande cidade: em 1987, Buenos Aires (Argentina); em 1989, Santiago de Compostela (Espanha); em 1991, Czestochowa (Polónia); em 1993 em Denver (EUA); em 1995, Manila (Filipinas); em 1997, Paris (França); em 2000, Roma (Itália); em 2002, Toronto (Canadá); em 2005, Colónia (Alemanha); em 2008, Sidney (Austrália); em 2011, Madrid (Espanha) e Rio de Janeiro (Brasil), em 2013.
Fonte: Agência Ecclesia
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