O Reitor do Santuário pediu esta manhã aos peregrinos que participaram na Missa dominical, no Recinto de Oração, que rezassem “pelo bombeiro que perdeu a vida a combater o incêndio na Serra da Lousã (este sábado), pela sua família e por todos os que ficaram feridos”.
“Nesta altura do ano convido-vos a termos presente na nossa oração todos os bombeiros e todos aqueles que, com sacrifício e perigo, arriscam a sua própria vida pelo bem de todos”, exortou o padre Carlos Cabecinhas.
Na sua reflexão dominical, o responsável pelo Santuário sublinhou a importância da leitura da Bíblia- “sozinhos ou em família”-, em particular dos Evangelhos, na vida dos católicos.
“O que nos é pedido é que escutemos, meditemos e saibamos acolher, com atenção, a palavra de Deus” que “não serve para nos distrair ou divertir” mas para “transformar a nossa vida”.
A homilia centrada no Evangelho proclamado este domingo, que nos anuncia a parábola do semeador e lança a semente da palavra de Deus em quatro solos diferentes, deixou alguns alertas.
O primeiro prende-se com a necessidade de distinguirmos a palavra de Deus de todas as outras .
“Vivemos num mundo tão cheio de palavras- as que dizemos e as que ouvimos, daqueles que falam connosco ou aquelas que nos chegam pelos órgãos de comunicação social, ou pela internet- que, por vezes, torna-se difícil distinguir a palavra de Deus”, lembrou o sacerdote ao sublinhar que “muitas dessas palavras são superficiais” ao contrário da palavra de Deus, que “não é uma palavra entre outras”.
Por outro lado, alertou, para o perigo de escutarmos a Palavra “com um entusiamo momentâneo ou superficial” que nos impede de sermos consequentes e de a pormos em prática, impedindo que ela dê frutos.
“A palavra de Deus é diferente de todas as outras porque é transformadora e, se a nossa vida não se transforma é porque nós estamos desatentos ou indisponíveis para nos deixarmos transformar por ela. É disso que nos fala a parábola do semeador”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima.
“Não basta escutar, é preciso escutar com atenção” para que a palavra de Deus “determine e condicione as nossas opções e atitudes; que ela guie a forma como vivemos e nos relacionamos uns com os outros”, esclareceu ao concluir que só assim seremos terreno fértil para que a palavra de Deus “dê frutos em abundância”.
A este propósito deu como exemplo Maria que soube “estar atenta à palavra de Deus: Ela escutava-A, meditava-A e guardava-A no seu coração. Maria é o exemplo perfeito do terreno bom. Foi com Ela que os santos Pastorinhos aprenderam”, sublinhou o reitor.
“Nesta escola de Maria aprendamos também nós a escutar a palavra de Deus e a deixar-nos transformar por ela”, mesmo com a consciência “de que nem sempre conseguimos ser terreno bom”.
Fonte: Santuário de Fátima
- Primeiro dia do funeral marcado pela trasladação do corpo de Bento XVI para a Basílica de S. Pedro - 3 de Janeiro, 2023
- Legado teológico de Bento XVI está a ser traduzido para português - 3 de Janeiro, 2023
- Canonista explica protocolo do funeral de Bento XVI - 2 de Janeiro, 2023