“Refugiados são pessoas como nós” – Francisco

Papa convida a acolher e ouvir quem deixa a sua terra

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(Lusa)

O Papa Francisco associou-se hoje no Vaticano à celebração do Dia Mundial do Refugiado, promovido pela ONU, e convidou a acolher e ouvir quem deixa a sua terra.

“Os refugiados são pessoas como nós, porém a guerra tirou-lhes casa, trabalho, parentes e amigos. As suas histórias e os seus rostos convidam-nos a renovar o compromisso para construir a paz na justiça”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação da oração do ângelus.

O tema escolhido este ano para o Dia Mundial do Refugiado, que se celebra na segunda-feira, é ‘Com os refugiados. Estamos do lado de quem é obrigado a fugir’.

“Queremos estar com eles: encontrá-los, acolhê-los, ouvi-los para nos tornarmos juntos artesãos da paz, segundo a vontade de Deus”, declarou Francisco.

Após a oração mariana, o Papa recordou que hoje teve início em Creta o Concílio Pan-ortodoxo.

“Unamo-nos à oração de nossos irmãos ortodoxos, invocando o Espírito Santo para que sustente com os seus dons os patriarcas, os arcebispos e bispos reunidos no Concílio”, pediu.

A tradicional catequese dominical apresentou aos presentes um conjunto de perguntas: “Quem é Jesus para as pessoas do nosso tempo? Mas a outra é mais importante: Quem é Jesus para cada um de nós?”.

Francisco sustentou que “o mundo precisa muito de Cristo”, porque muitas pessoas sentem “um vazio” e outras vivem inquietas e na insegurança “por causa da precariedade e dos conflitos”.

A resposta proposta por Jesus, acrescentou, é a sua “cruz”.

“Não se trata de uma cruz ornamental, ou uma cruz ideológica, mas é a cruz da vida, é a cruz do próprio dever, a cruz do sacrificar-se pelos outros com amor, pelos pais, pelos filhos, pela família, pelos amigos, e também pelos inimigos, a cruz da disponibilidade de ser solidários com os pobres, de se comprometer com a justiça e a paz”, explicou o pontífice argentino.

O Papa convidou a recordar todo os que ainda hoje “colocam em prática estas palavras de Jesus, oferecendo o seu tempo, o seu trabalho, o seu esforço e até mesmo a própria vida para não renegar a sua fé em Cristo”.

 

Fonte: Agência Ecclesia.