O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) considerou que o ‘Fátima Jovem’, que levou cerca de 2700 participantes à Cova da Iria, mostrou a capacidade da juventude católica de ser “protagonista”.
“O Fátima Jovem deu a capacidade de olharmos com profundidade para a nossa vida e que os jovens possam continuar a sentir-se como que estes protagonistas, estes construtores do mundo novo, esta ousadia de sonhar”, disse o padre Eduardo Novo à Agência ECCLESIA.
No final da Eucaristia de Envio no recinto de Oração do Santuário de Fátima, este domingo, o sacerdote destacou a “coragem” que os jovens partilharam em que “nada os demoveu” e a “certeza de estarem presentes”.
Segundo o responsável, a peregrinação nacional de jovens católicos, entre sábado e domingo, teve a “particularidade” de permitir aos participantes olhar para a vida como “uma metáfora” e deu como exemplo as condições meteorológicas – chuva, vento, sol, dias calmos – que são como “a vida interior”.
A iniciativa teve o tema ‘Maria, mãe da misericórdia’, frase que partiu do lema da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2016 – ‘Felizes os Misericordiosos porque alcançaram misericórdia’ -, que vai decorrer em julho, na Polónia.
Para além de momentos de oração, celebração, convívio e música, em pleno Jubileu da Misericórdia do programa destacaram-se os ateliês ‘Testemunhos vivos de Misericórdia’.
Os jovens conheceram a aplicação hoje das 14 Obras de Misericórdia – sete corporais e sete espirituais – com testemunhos como o projeto “Bairro imundo”- Arte Urbana na Quinta do Mocho; da ‘Dress for Success’ e de âmbito religioso com a Comunidade Vida e Paz; a Cáritas; a Juventude Hospitaleira e a Pastoral Penitenciária.
“Reconhecermos plenamente como é que hoje cada um de nós pode vivenciar plenamente o Evangelho na vivência das Bem-Aventuranças e nas Obras de Misericórdia”, contextualizou o padre Eduardo Novo.
Pedro Dinis, da Diocese de Lisboa, gostou principalmente da oportunidade de “ir a mais workshops”, o que agora vai permitir “trocar essas experiências”.
Marta Esteves que agora é animadora no movimento de jovens cristãos de espiritualidade missionária e comboniana – ‘JIM – Jovens em Missão’ – participou “com uma perspetiva diferente” de quando começou há cerca de 10 anos.
“Estes encontros são importantes para percebermos a força que a fé, principalmente nos jovens. É importante a formação porque faz unir à Igreja universal”, explicou.
O ‘Fátima Jovem’ 2016 congregou jovens de Portugal continental e ilhas, e o diretor do DNPJ assinalou que “a fé não tem geografias”.
Para o padre Eduardo Novo o encontro nacional da pastoral juvenil da Igreja Católica é também uma “oportunidade de renovação na força do entusiasmo”.
Fonte: Agência Ecclesia
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