O bispo do Funchal afirmou esta terça-feira que “pensar na morte” dos familiares e amigos “leva a pensar na vida”, na homilia da Eucaristia de Todos os Santos a que presidiu no Cemitério de São Martinho.
“Neste local, somos convidados a contemplar, à luz do mistério Pascal de Jesus, a morte em perspetiva de vida, como porta que se abre para o abraço de eternidade e comunhão definitiva com Deus”, explicou D. António Carrilho.
Na homilia, o prelado recordou que o Concílio Vaticano II afirma que, “se faltar a esperança da eternidade, a dignidade da vida humana é gravemente lesada” pela perda de um horizonte fundamental que projeta o homem “na transcendência de Deus”.
No Cemitério de São Martinho, o bispo do Funchal destacou os “sinais de vida” que “estão muito presentes”, apesar do sofrimento da inevitável separação da morte, e deu como exemplo a “esperança na Ressurreição, as cruzes e crucifixos, as velas e lâmpadas acesas, a oração e as ornamentações com belas flores”.
“Pensar na morte dos nossos familiares e amigos leva-nos a pensar na vida, a sentir um verdadeiro apelo à santidade, caminho que nos conduz à eternidade com Deus”, sublinhou.
Segundo o sítio online da Diocese do Funchal, D. António Carrilho também alertou para a “vocação cristã” e a “dignidade humana” que hoje sofrem “perplexidades” motivadas pela “crise social e económica, e de valores”.
“Empenhemo-nos com generosa dedicação, no âmbito das responsabilidades próprias de cada um de nós, na resolução dos problemas que estão ao nosso alcance, vivendo um verdadeiro espírito de união, solidariedade e fraternidade humana”, desenvolveu o prelado.
Neste contexto, incentivou os presentes a estarem “juntos de todos os carenciados”, sem esquecer os refugiados e os perseguidos por causa da sua fé.
“Procuremos, pelo testemunho das nossas vidas, tornar presentes sinais vivos do amor de Deus no mundo atual”, acrescentou o bispo do Funchal.
Fonte: Agência Ecclesia
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