O Papa manifestou no Vaticano o seu apoio à Grécia e a todos os países que estão na linha da frente do apoio aos refugiados, pedindo uma ação “concertada” da comunidade internacional, neste campo.
“A Grécia e os outros países que estão na primeira linha prestam aos refugiados um apoio generoso, que precisa da colaboração de todas as nações: uma resposta concertada pode ser eficaz e distribuir com equidade os pesos”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Francisco começou por manifestar que a sua oração tem “sempre presente o drama dos refugiados” que fogem das guerras e de situações “desumanas”.
Mais de 5000 refugiados encontram-se retidos no posto fronteiriço de Idomeni, no norte da Grécia, aguardando a decisão de quatro Estados balcânicos de instaurar novas quotas.
Ainda na última semana, a Grécia e a Áustria entraram em desacordo sobre a crise migratória, por causa das medidas que visam controlar a entrada de refugiados.
“É preciso avançar com determinação e sem reservas nas negociações”, defendeu o Papa.
Francisco manifestou depois a sua satisfação com as notícias sobre o “fim das hostilidades” na Síria, convidando todos os presentes a “rezar para que esta janela de oportunidade possa dar alívio a uma população sofredora e abra caminho ao diálogo e à paz tão desejada”.
O Papa quis ainda deixar uma palavra de “vizinhança” às populações das Ilhas Fiji, atingidas pelo ciclone Winston, o mais forte registado na história do arquipélago, com oração pelas vítimas e por quem está envolvido nas ações de socorro.
A catequese dominical tinha chamado a atenção dos católicos para a reação diante de notícias sobre homicídios, incidentes ou catástrofes, alertando para a tentação de ver nestas um castigo divino.
“Jesus recusa claramente esta visão, porque Deus não permite as tragédias para unir as culpas, e afirma que as pobres vítimas não são piores do que os outros”, precisou.
Francisco disse que é necessário, pelo contrário, “mudar o coração”, e combater o mal e a hipocrisia, de que todos têm “um bocado”.
“Nunca é demasiado tarde para converter-se, nunca, até ao último momento”, referiu.
Nas saudações, o Papa associou-se ainda às associações que celebravam o Dia das Doenças Raras.
Fonte: Agência Ecclesia
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