Papa apela ao cuidado pelo bem-estar dos refugiados

Mensagem transmitida a um grupo denovos embaixadores junto do Vaticano

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O Papa apelou hoje ao cuidado pelo bem-estar e integração dos refugiados e migrantes, num encontro com os novos embaixadores da Estónia, do Malawi, da Namíbia, da Zâmbia, da Tailândia e das Seychelles, junto do Vaticano.

Durante a audiência, refere a sala de imprensa da Santa Sé, Francisco recordou os representantes diplomáticos do “dever da solidariedade” que “se torna sempre mais difícil” num “mundo polarizado e fragmentado”.

“Amedrontadas pelo terrorismo, as pessoas isolam-se, temem que os migrantes possam mudar a sua cultura, a sua estabilidade económica e o seu estilo de vida”, realçou o Papa argentino.

“Mal-entendidos e medos não podem enfraquecer a nossa determinação em promover uma integração que respeite a identidade dos migrantes e preserve a cultura de quem os recebe, enriquecendo ambas”, apontou.

Num momento em que “muitas pessoas no mundo sofrem com conflitos e guerras, migrações e incertezas”, Francisco recordou que os diplomatas “têm a missão” de ser fonte de “diálogo e solidariedade” e de afrontar os problemas “com sabedoria e compaixão”.

Só assim poderão ter a certeza de “que os direitos e as necessidades de todos serão respeitados e defendidos”, acrescentou.

Durante o encontro, o Papa exortou os embaixadores a serem sempre mensageiros de esperança e paz, especialmente junto aos cristãos e às comunidades minoritárias, que sofrem perseguições por causa da fé”.

Sobre as pessoas que hoje são obrigadas a abandonar o seu país devido à guerra e á violência, Francisco acentuou a tónica do “acolhimento” e a urgência de fazer com que a voz dos mais desfavorecidos “seja ouvida”.

Aqui “a diplomacia pode ajudar, ampliando e transmitindo” o seu clamor, “frágil e aflito”; trabalhando para “privar das armas aqueles que usam a violência” e para “colocar um fim no tráfico humano e no comércio de drogas, que quase sempre acompanham este mal”, sustentou.

“Se favorecermos o diálogo e a solidariedade, individual e coletivamente, experimentaremos o melhor da humanidade e garantiremos a paz duradoura para todos, segundo o desígnio do Criador”, concluiu o Papa.

Fonte: Agência Ecclesia.