O Papa Francisco saudou hoje os doentes presentes no Santuário de Fátima, garantindo que “Deus é Pai” e nunca os esquecerá, pedindo-lhes que Lhe confiem as suas dores, os seus sofrimentos e o seu cansaço, que considerou “um tesouro precioso da Igreja”.
A saudação aos doentes, concentrados na colunata norte do Santuário, decorreu no final da Eucaristia em que canonizou Francisco e Jacinta Marto, antes da Bênção do Santíssimo Sacramento.
“Contai com a oração da Igreja que de todo o lado se eleva ao Céu por vós e convosco”, sublinhou o Papa, referindo que na Bênção, Jesus vai passar junto dos doentes para lhes “mostrar a sua proximidade e o seu amor”.
Mas, acentuou, os doentes não se devem considerar apenas como meros “recetores de solidariedade caritativa”, mas sim “inseridos a pleno título na vida e missão da Igreja”, não devendo ter “vergonha de ser um tesouro precioso da Igreja”.
“A vossa presença silenciosa, mas mais eloquente do que muitas palavras, a vossa oração, a oferta diária dos vossos sofrimentos em união com os de Jesus crucificado pela salvação do mundo, a aceitação paciente e até feliz da vossa condição são um recurso espiritual, um património para cada comunidade cristã. Não tenhais vergonha de ser um tesouro precioso da Igreja”.
Na saudação aos doentes, o Papa recordou o que afirmara na homilia, durante a qual dissera que Jesus precede-nos sempre.
“Quando passamos através dalguma cruz, Ele já passou antes (…) Jesus sabe o que significa o sofrimento, compreende-nos, consola-nos e dá-nos força, como fez a São Francisco Marto e a Santa Jacinta, aos Santos de todos os tempos e lugares”, referiu.
“Hoje a Virgem Maria repete a todos nós a pergunta que fez, há cem anos, aos Pastorinhos: «Quereis oferecer-vos a Deus?» A resposta – «Sim, queremos!» – dá-nos a possibilidade de compreender e imitar as suas vidas. Viveram-nas, com tudo o que elas tiveram de alegria e de sofrimento, em atitude de oferta ao Senhor”, acrescentou.
Por isso, apelou aos doentes para que vivam a sua vida e para que digam a Nossa Senhora, como os Pastorinhos, que querem se querem oferecer a Deus de todo o coração.
Fonte: papa2017.fatima.pt
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