A Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC) promove hoje, em Roma, um seminário sobre a atual crise de migrantes e refugiados.
De acordo com um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a iniciativa vai decorrer na Universidade Gregoriana, na capital italiana, com o contributo de “vários peritos académicos, políticos e representantes de organizações não-governamentais” ligadas ao desenvolvimento.
Durante a audiência pública desta quarta-feira com os peregrinos, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco abordou a questão dos refugiados e migrantes, considerando-a um dos maiores desafios deste tempo.
“Não esqueçamos que este problema é a maior tragédia depois da Segunda Guerra Mundial”, apontou o Papa argentino.
A FIUC destaca o “empenho” que a Santa Sé e o Papa têm tido, no sentido de dar “voz” a uma realidade que afeta já “65 milhões de pessoas no mundo”.
Isto quando há cerca de 10 anos o número de deslocados não chegava aos 20 milhões (19,4 milhões de refugiados em 2005).
“As estatísticas triplicaram”, graças também ao crescimento dos “conflitos” no mundo, o que “realça a urgência desta situação e coloca a crise migratória e o respeito pelos direitos humanos no centro dos desafios deste século XXI”, realça aquele organismo.
Com o referido seminário, intitulado ‘Migrantes e Refugiados’, a FIUC quer lançar as bases de um debate mais “alargado” que terá lugar entre os dias 1 e 4 de novembro também em Roma, e consolidar uma “rede de pesquisa e ação” neste campo.
A conferência internacional de novembro vai abordar não só a situação dos ‘refugiados e migrantes no mundo globalizado’ mas também ‘o papel e a responsabilidade das universidades’.
Para já, a FIUC realça que “o mundo académico está cada vez mais mobilizado” para este desafio, com “várias universidades a proporem soluções” para diferentes âmbitos, como “o acolhimento, a assistência legal e a formação dos refugiados nos campos”, passando por alternativas de estudo relacionadas com o fenómeno.
A causa dos migrantes e refugiados une também “muitos outros atores, desde organizações internacionais e instituições estatais, a organizações não-governamentais” e a FIUC espera recolher bons “frutos” para uma intervenção mais eficaz nesta crise de migrantes e refugiados.
Fonte:Agência Ecclesia
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