D. Nuno Brás, membro da Secretaria para a Comunicação da Santa Sé, defendeu que é necessário apostar na publicação de “boas notícias” e assumir o desafio que o Papa lançou para o próximo Dia Mundial das Comunicações Sociais.
“Poucos são aqueles que se atrevem a arriscar. Gostava de ver alguém a arriscar a sério, há sempre a boa notícia do cãozinho de peluche no fim do noticiário, mas não é isso”, disse à Agência ECCLESIA o bispo auxiliar de Lisboa.
Para D. Nuno Brás, “não se trata de esconder” o que é mau, “o sofrimento” porque do Evangelho “faz parte também o próprio sofrimento”.
“Trata-se de não ficarmos como derrotados diante de muros de más notícias e pessimismos e realidades que não nos deixam viver até como seres humanos”, desenvolveu o vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturas e Comunicações Sociais em Portugal.
‘Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo’ é o título da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado no domingo que antecede o Pentecostes, este ano dia 28 de maio.
“A questão é que um cristão deve ser sempre otimista. O ponto de partida creio que deva ser esse porque percebemos que Jesus Cristo salvou o mundo, porque há uma resposta, uma saída, um outro horizonte para o mundo”, refere D. Nuno Brás.
É neste contexto, explica, que surge o convite do Papa Francisco a “todos os comunicadores cristãos” para que olhem para o mundo a partir da perspetiva do Evangelho.
O bispo auxiliar de Lisboa sublinha que “gostava” de ver um jornal, um noticiário, onde “se rompam os clichés do jornalismo, que se ensinam nas faculdades de comunicação”, e que à partida “dão êxito garantido”.
“Gostava de ver alguém a arriscar a sério neste convite que o Papa Francisco lançou a todos”, concluiu.
D. Nuno Brás participou, no início de maio, na primeira assembleia plenária da Secretaria para a Comunicação, que quer reformar os diversos media da Santa Sé.
O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, a Rádio Vaticano, a Sala de Imprensa da Santa Sé, o jornal ‘L’Osservatore Romano’, o Centro Televisivo Vaticano, a Livraria Editora do Vaticano e o portal na internet são os diferentes meios de comunicação que o Papa Francisco quer reformar.
Fonte:Agência Ecclesia
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