Programa especial inclui rosário, catequese e missa com unção dos doentes
O Santuário de Fátima celebra o Dia Mundial do Doente com uma tarde especial na Basílica da Santíssima Trindade. O programa, agendado para 11 de fevereiro, tem início marcado para as 14h00 na Capelinha das Aparições com a recitação do rosário. Pelas 15h00 está agendada uma catequese na Basílica da Santíssima Trindade, seguida de missa.
O Pe. José Nuno Silva, responsável pelo Departamento da Pastoral da Mensagem de Fátima, considera que o Santuário de Fátima é “uma experiência de graça”, e a proposta de reflexão para este dia vai ao encontro dessa “verdade fundamental da vida cristã”, porque “recebemos de graça e de graça damos e estamos de algum modo a assumir a responsabilidade que temos de cumprir este preceito que Nosso Senhor nos deixa”.
“Isto contradiz o espírito do nosso tempo, que está muito voltado para a conquista e para a recompensa, vivemos um tempo muito interesseiro em que as pessoas valem aquilo que conseguem, e aquilo que têm”, explica.
O capelão afirma que “antes de dar, recebemos, e é isso que importa refletir, porque aquilo que nos é dado em Fátima, foi-nos dado mesmo. Os Três Pastorinhos receberam e por eles nós recebemos também”.
“Celebrar o Dia Mundial do Doente passa pela concretização desta realidade, de comunicar a graça que recebemos”, reitera, e lembra ainda que desde a primeira hora, “as narrativas da Ir. Lúcia sobre os acontecimentos dizem que os doentes estiveram desde sempre um lugar de destaque na história de Fátima”.
“Uma pessoa quando está doente é quando mais necessita, está dependente e é essa experiência que nos atira para a capacidade de receber, e quando a saúde nos falha, nós tomamos consciência de nós mesmos como seres que recebemos, e assim celebrar o dia do doente é também isto, as pessoas em sofrimento são aqueles a quem é preciso dar gratuitamente”, conclui.
O tema deste ano, está em conformidade com o tema proposto pela Papa Francisco para o XXVII Dia Mundial do Doente, «Recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10, 8).
O Santo Padre, na sua mensagem explica que o cuidado dos doentes “precisa de profissionalismo e ternura, de gestos gratuitos, imediatos e simples, como uma carícia, pelos quais fazemos sentir ao outro que nos é «querido»”.
“Contra a cultura do descarte e da indiferença, cumpre-me afirmar que se há de colocar o dom como paradigma capaz de desafiar o individualismo e a fragmentação social dos nossos dias, para promover novos vínculos e várias formas de cooperação humana entre povos e culturas”, afirma o Sumo Pontífice.
Francisco lembrou ainda que quando se nasce, “para viver tivemos necessidade dos cuidados dos nossos pais; de forma semelhante, em cada fase e etapa da vida, cada um de nós nunca conseguirá, de todo, ver-se livre da necessidade e da ajuda alheia, nunca conseguirá arrancar de si mesmo o limite da impotência face a alguém ou a alguma coisa”.
O Dia Mundial do Doente foi instituído a 11 de Fevereiro de 1992 pelo Papa João Paulo II e é celebrado com o intuito de apelar à humanidade para que seja promovido um serviço de maior atenção à pessoa doente.
Fonte: Santuário de Fátima
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