Páscoa é a estação da primavera espiritual
Cristo ressuscitou! Aleluia! Por Sua Paixão e Morte, um novo tempo foi inaugurado na história da humanidade. As coisas antigas passaram e desabrochou, no alvorecer da vida, as alegrias que rompem as trevas da morte!
O tempo litúrgico da Páscoa é a estação da primavera espiritual, e somos chamados a caminhar pelo jardim da Ressurreição, que é o próprio Cristo presente em nosso meio. Ao longo de cinquenta dias, vamos exalar o suave aroma dessa alegria em nossa alma. O canto de ‘aleluia’ presente em nossas liturgias, mas também aclamado em nosso coração, recorda-nos este tempo novo que Cristo nos oferece por amor e misericórdia.
O Círio Pascal é símbolo dessa presença do Ressuscitado na comunidade que se reúne para celebrar este tempo novo, onde cantamos as glórias do Senhor, que venceu a morte e nos deu a vida eterna.
É tempo de nos despedirmos do homem velho
“Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Cl 3,1). É chegado o momento de nos despedirmos do homem velho, pois Cristo rompeu as trevas do pecado e trouxe-nos a certeza definitiva da vida que vence a morte.
Neste tempo pascal, busquemos as “coisas do alto”. Não nos conformemos com as realidades que oprimem a vida, mas transformemo-las por nosso exemplo e misericórdia. Em nossa comunidade, busquemos viver a paz do Cristo Ressuscitado nos pequenos gestos. Se for preciso, que silenciemos nossas palavras mediante uma crítica que pode ferir e causar constrangimento. Coloquemo-nos a serviço, não buscando elogios, mas fazendo de nosso ato voluntário uma oferta de gratidão a Cristo, por tanto amor a nós doado.
Busquemos as coisas do alto em nossos ambientes familiares, orando em meio às situações complexas e que não apresentam soluções imediatas. Levemos a paz do Ressuscitado como dom a ser ofertado em pequenos gestos que desabrocham como lírios perfumados na alma de quem os acolhe.
Com Cristo ressuscitado celebremos a Páscoa na vida cotidiana, antecipando a gloriosa realidade que vislumbramos, hoje, pela fé e, um dia, junto de Deus, na plenitude da graça que esperamos. Aleluia!
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