O nosso batismo, como cristãos, atualiza e concretiza o batismo de Jesus

O tempo das celebrações natalícias conclui-se com a festa do Batismo de Jesus. Este acontecimento marca o início da vida pública de Jesus, depois de três dezenas de anos na vida comum em Nazaré. O Batismo do Senhor vem descrito nos quatro Evangelhos, o que mostra a importância deste evento na vida do Salvador.

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Na primeira leitura o profeta Isaías (42, 1-4.6-7) apresenta-nos o “servo do Senhor”, que nos revela o estilo de Deus se relacionar connosco, discreto e sabendo aproveitar tudo o que há de bom em nós: “Não gritará, nem levantará a voz, nem se fará ouvir nas praças; não quebrará a cana fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega; proclamará fielmente a justiça”. É esta pedagogia de Deus que nos cabe imitar, sempre mais e melhor.

O apóstolo Pedro, no discurso que faz na casa de Cornélio, em Cesareia (Atos dos Apóstolos 10, 34-38), recorda que Deus tem um coração universal, onde todos cabem, pois “não faz aceção de pessoas”. Resumindo a vida de Cristo, afirma que “Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo demónio, porque Deus estava com Ele”. Este mesmo Jesus continua hoje connosco e revela-se especialmente presente na Eucaristia, o sacramento da sua presença real, ativa e eficaz.

João Batista esclarece a originalidade do batismo de Jesus, substancialmente superior: “Eu batizo na água, mas Ele batizar-vos-á no Espirito Santo” (Evangelho São Marcos 1, 7-11). No batismo de Jesus dá-se uma teofania, uma revelação que vem do Céu, dando-se a conhecer o Deus cristão, que é trinitário: o Espírito Santo aparece sob a forma de pomba e o Pai declara o seu amor apaixonado por Cristo, seu Filho: “Tu és o meu Filho muito amado, em ti pus toda a minha complacência”. O nosso batismo, como cristãos, atualiza e concretiza o batismo de Jesus.

Contemplemos ainda o domingo do Senhor com o Salmo 28 (29) – O Senhor abençoará o seu povo na paz.