O encontro que dá origem à família

Estamos no 27º domingo do tempo comum! Vejamos o que a Liturgia da Palavra nos ensina:

A criação da mulher, que o homem reconhece como sua companheira, chamando-a “osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2,23), é um encontro que cura a solidão do homem  e que dá origem à família, a começar pela união dos corações e de seus propósitos. Quando Jesus Se manifesta pela indissolubilidade do matrimónio, pretende remeter para este momento primordial, para o projeto de Deus no ato da criação. Jesus reconhece, assim, a igual dignidade do homem e da mulher que, no respeito pelo vínculo sacramental, manifestam também respeito recíproco um pelo outro. É grande o mistério do Matrimónio: é um laço humano, porque une duas pessoas; é um laço divino, porque o seu autor é o próprio Deus.

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1ª LEITURA – Livro do Génesis 2, 18-24 – “E os dois serão uma só carne”
A uma pergunta dos discípulos Jesus expõe a doutrina evangélica sobre a indissolubilidade do matrimónio. Jesus apela para a passagem da Sagrada Escritura, em que, logo desde o princípio, se expõe o sentido do casamento. De uma forma poética, apresenta-se a união do homem e da mulher como união de amor, que faz dos dois um só.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 127 (128) – O Senhor nos abençoe em toda a nossa vida.

2ª LEITURA – Epístola aos Hebreus 2, 9-11 – “Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só”
A Epístola aos  Hebreus é um verdadeiro tratado sobre o sacerdócio de Jesus Cristo. Jesus é o Filho de Deus, mas que Se fez nosso irmão para nos conduzir, em Si, até ao Pai. Mistério de condescendência, de misericórdia, de humilhação e glória!

EVANGELHO – São Marcos 10, 2-16 – “Não separe o homem o que Deus uniu”
Respondendo a uma pergunta posta pelos fariseus, Jesus pronuncia a condenação do divórcio, citando a palavra do Génesis, proclamada na primeira leitura. Aí o casal humano é apresentado como tendo sido assim constituído desde, o seu princípio, pela vontade de Deus criador.