O culto verdadeiro não ficará ligado a um lugar, mas uma Pessoa

Estamos no 3º Domingo da Quaresma! Vejamos o que a Liturgia da Palavra nos ensina:

1ª LEITURA: Livro do Êxodo 20, 1-17 
Ao Povo que havia sido salvo, quer da escravidão do Egipto, quer das dificuldades do Deserto, Deus dá uma lei. Não se trata de uma intervenção despótica ou paternalista de Deus, mas sim de um dom pelo qual a salvação alcançada poderá ter continuidade. Os mandamentos são uma exigência da realidade nova que a Aliança com Deus operou. Eles ajudam, na verdade, o homem a viver a sua vida de relações pessoais com Deus e de comunhão com os seus irmãos. Rejeitando os mandamentos que o Deus Libertador lhe deu, o homem em vez de se tornar livre, cai em “novas formas de escravidão social e psicológica” ( GS 4 ).

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2ª LEITURA: Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios 1, 22-25
Muitas vezes, nos parecemos quer com os judeus, quer com os pagãos de que fala São Paulo. Desejosos de atravessar a vida a coberto de todos os riscos, queremos um Deus, sempre à nossa disposição  para fazer milagres, para resolver os nossos problemas. Sonhamos uma Igreja forte, eficaz, com soluções sábias e concretas para todos os problemas modernos. Contudo, não é esse o caminho do Reino. Em vez de Se impor pelo poder, pela sabedoria  humana, foi pelo escândalo e pelo absurdo da Cruz que Cristo nos salvou. Na Igreja, não é a eficiência  dos meios ou o volume dos resultados que conta. Aceitar seguir a Jesus no seu caminho mortal até a Ressurreição é a única coisa importante.

EVANGELHO: São João 2, 13-25
O Templo de Jerusalém era para os judeus o lugar do seu encontro com o Deus Verdadeiro. Porém, esse templo material, em que ofereciam o culto, havia de ser suplantando por uma nova realidade. O culto verdadeiro  não ficará ligado a um lugar determinado. Não será um lugar, mas uma Pessoa viva que reunirá  à Sua volta todos os crentes, para dar ao Pai o culto “em Espírito e Verdade” ( Jo 4, 23 ), que merece. O corpo de Jesus, destruído pela morte e reedificado com a Ressurreição é o novo lugar de encontro com Deus, é a salvação. Nele se realiza a nova Aliança, nele se manifesta a “glória de Deus”.

Contemplemos ainda o domingo do Senhor com o Salmo 18 (19), 8.9.10.11 – Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.