Não há ninguém tão humanamente nosso como Deus

Vejamos a Liturgia da Palavra deste 11º Domingo do Tempo Comum – Ano A

1ª Leitura | Livro do Êxodo 19, 2-6a

Salmo 99(100), 2.3.5

2ª Leitura | Epístola aos Romanos 5, 6-11

Evangelho | São Mateus 9,36-10,8

 

foto | cathopic by Dimitri Conejo Sanz

Este trecho do livro do Êxodo apresenta a proposta que Deus faz ao povo que libertou da escravidão do Egito. Propõe uma aliança extremamente vantajosa para o povo eleito. É um contrato de amizade e proteção de Deus omnipotente. Como todo o contrato, é fundamental cumprir as condições, que aqui é a fidelidade do povo ao Senhor Deus de Israel.

A Eucaristia é a “nova e eterna aliança”, confirmada pelo próprio Filho de Deus, que oferece o seu Corpo e Sangue pela nossa salvação. Muito mais do que um piedoso ritual, a Eucaristia renova o divino contrato de aliança de Deus connosco. Não há ninguém tão humanamente nosso como Deus.

São Paulo sublinha a gratuidade generosíssima de Deus para connosco. É que “quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós”. A originalidade de Deus está em amar quem não é naturalmente amável. Verdade perfeitamente atual que nos enche de consolação e confiança e nos dinamiza para assim procedermos nas nossas relações fraternas. Amar o nosso próximo simplesmente por amor e não com retribuição da sua amizade.

Assim nos suplica Jesus, ontem e hoje: “Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. É das poucas intenções de oração que Jesus recomenda. Pedir a Deus vocações que generosamente trabalhem na vinha do Senhor, que é a Igreja. Não é que Deus precise de ser recordado. Precisamos sim nós de nos abrirmos ao dom de sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas que se comprometam a servir a Igreja. Aqui não deve haver espectadores que assistem passivamente, mas todos são chamados a ser ativos construtores de uma Igreja mais santa, de famílias e comunidades unidas, de um mundo melhor.

Oração:

Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós, atendei propício as nossas súplicas; e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana, concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça, para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis  no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.