A sabedoria contagia e apresenta-se com doçura. Se você faz as coisas com doçura, as pessoas vão amá-lo, pois você as terá conquistado. Ninguém será capaz de trazer alguém para Deus por meio da exortação, mas sim de gestos concretos de amor. Só o amor cura, só o amor transforma e convence. É ele, o amor, que nos leva a ultrapassar nossos limites.
O simples faz a diferença
Quando nós nos colocamos a serviço de alguém, essa pessoa entende que estamos lhe dando amor. Existem coisas que são extremamente doces neste mundo, uma delas é sermos tratados pelo nosso nome; coisas simples é que fazem a diferença. São pequenos gestos de carinho que não pesam para ninguém. Como é bom quando alguém se lembra de nós, quando não só nos admira, mas nos ama.
“Meu filho, faze o que fazes com doçura, e mais do que a estima dos homens, ganharás o afeto deles. Quanto mais fores elevado, mais te humilharás em tudo, e perante Deus encontrarás misericórdia, porque só a Deus pertence a onipotência, e é pelos humildes que Ele é verdadeiramente honrado” (Eclesiástico 3,19-21).
O humilde não tem ambições por grandezas. O interessante é que o homem sábio não quer apenas ser feliz, mas fazer o outro feliz. Dom Bosco diz que o jovem não precisa simplesmente saber que é amado, ele precisa de gestos concretos de amor. Muitas vezes, o que os seus familiares mais querem é a sua atenção. Se você quer atingi-los, deve antes descobrir do que eles estão precisando. O que você pode fazer é colocar-se ao alcance das pessoas. Não existe amizade sem compromisso.
Dizia São Francisco de Sales: “Nada pela força, tudo pelo amor!”. Nisso está o verdadeiro poder. Eu estou lhe dando o caminho das pedras, para que você encontre Jesus. Cristo quer que todos experimentem da doçura d’Ele. Precisamos determinar que não será pela força que levaremos as pessoas a terem uma experiência com o Senhor, mas sim pelo amor.
O que mais me impressiona, na passagem que conta o encontro da mulher pecadora com Jesus (cf. Jo 8,1-11), é a maneira doce como Ele a trata. Eu tenho a certeza de que você já teve a oportunidade de ter sido colocado numa roda onde o acusaram. É difícil quando as pessoas que consideramos amigas participam de tal acusação. Isso dói no mais profundo da alma! Jesus, no entanto, não lançou nenhum olhar de acusação nem para mulher nem para as pessoas que armaram aquela emboscada. Ele lhes fez um desafio. Não foi o Senhor quem a acusou, foram suas consciências. Nessa passagem da mulher adúltera, Cristo presta o maior serviço que alguém poderia prestar ao próximo: Ele salvou a vida dela.
Escute as pessoas a sua volta
O Messias conversa com aquela mulher e, ao fazê-lo, compreende-a. Não existe um forma de compreender as pessoas sem conversar com elas. Há quanto tempo você não pergunta às pessoas do seu círculo de amizade como elas estão? Existe uma colaboração que só você pode dar: escute as pessoas a sua volta. Só sabemos o quanto um sapato aperta quando o calçamos. Calce o sapato do seu irmão para saber onde está apertando, entre na vida dele.
Quando amamos, até nosso silêncio fala. Muitas vezes, pensamos que as pessoas a nossa volta são heroínas; outras vezes, queremos que elas voltem os olhos para nós, fazendo-nos o centro de suas atenções. Mas entendamos que somente conseguiremos trazer as pessoas para Deus a partir da nossa experiência com Ele. A nossa missão é fazer com que as pessoas amem Jesus, que se tornem sensíveis ao amor d’Ele. Para nós fica o compromisso de tudo fazermos com doçura.
Fonte: formacao.cancaonova.com
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