Eram 10h26 quando Francisco e Jacinta Marto se tornaram nos mais jovens santos não-mártires da Igreja Católica, 65 anos depois do bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, ter aberto os dois processos diocesanos sobre a fama de santidade dos dois videntes.
O rito de canonização, em português como todas as intervenções do Papa, decorreu logo no início da Missa que assinala o termo da primeira Peregrinação Internacional Aniversária do Centenário das Aparições.
O Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, acompanhado pela Postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, pediu ao Santo Padre que declarasse santos Francisco e Jacinta Marto.
Além da canonização, um dos momentos altos da celebração ocorreu durante o Cortejo dos Dons, em que participaram, entre outros, a família da criança miraculada e Lucas, o jovem cuja cura milagrosa foi atribuída à intercessão dos dois beatos, abrindo caminho à canonização.
Lucas subiu ao altar com a mãe, Lucila Yurie, e a Irmã Ângela Coelho, Postuladora da Canonização, e abraçou o Papa.
No cortejo participou também o vigilante argentino Jorge Hernan Sosa e sua família, Isabel, mulher, e os filhos, Francisco e Jacinta.
O Papa permaneceu no altar até ao fim da celebração, acenando com um lenço branco na Procissão do Adeus, a que fez questão de assistir.
No final, antes de abandonar o Recinto, o Papa recebeu cumprimentos das individualidades presentes.
Cerca de 1.800 sacerdotes e religiosos concelebraram na Missa, a que assistiram o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República do Paraguai, Horacio Cartes, e o Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Evaristo do Espírito Santo Carvalho.
Os vice-presidentes da Assembleia da República José Matos Correia e Teresa Caeiro, e o primeiro-ministro, António Costa, também estiveram presentes, bem como vários membros do Governo, além do general Ramalho Eanes, antigo Presidente da República, e de cerca de 70 diplomatas.
O Papa deixou o Recinto no Papamóvel, em direção à Casa de Nossa Senhora do Carmo, onde almoça com os bispos portugueses, antes de iniciar a viagem de regresso a Roma.
À saída, irromperam de novo os aplausos e os gritos de “Viva o Papa”, “Viva Francisco”, numa primeira despedida ao Santo Padre.
Segundo dados do Santuário, estavam presentes 406 grupos de peregrinos de 55 países, envolvendo 28.534 pessoas.
Além de Portugal, com 15.167 pessoas, os países com maior representação são a Polónia (1.286 peregrinos), a França (1.106), seguindo-se os Estados Unidos (1.063) e Espanha (1.037).
A cobertura noticiosa da Peregrinação do Papa foi assegurada por cerca de 1.600 profissionais da Comunicação Social, dos quais perto de 775 eram jornalistas.
Deste total, cerca de 250 eram estrangeiros.
Fonte: papa2017.fatima.pt
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