O Vaticano associou-se hoje à celebração do 9.º Dia Mundial das Doenças Raras, que tem no centro ‘A voz dos doentes’, convidando a sociedade a “romper a cortina de silêncio” e de exclusão em volta destas pessoas.
A mensagem do presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, D. Zygmunt Zimowski, alerta para as consequências de se “esconder um problema” que diz respeito a todos.
“Que não sejam abandonados e isolados aqueles que, apesar de estarem afetados por doenças com incidência mínima ou rara do ponto de vista numérica, não nos podem deixar indiferentes”, apela.
O Dia Mundial das Doenças Raras, assinalado desde 2008 no último dia do mês de fevereiro, foi definido pela Eurordis, uma aliança não-governamental de associações de doentes.
Segundo o Vaticano, este é um problema que não pode ser esquecido “pelas várias entidades civis, científicas e pastorais”, recordando a importância de investir na investigação científica e também na solidariedade.
D. Zygmunt Zimowski elogia o “crescente interesse” que a questão das Doenças Raras tem gerado na Igreja, adiantando que a próxima Conferência Internacional do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde (10-12 de novembro de 2016) vai ser dedicada a este tema.
Esta iniciativa “vai desenvolver-se em proximidade solidária com as pessoas afetadas por doenças raras”, bem como com as “populações pobres e vulneráveis” que são atingidas por doenças “negligenciadas”, por norma nas zonais rurais mais remotas do mundo.
Estima-se que existam em Portugal entre 600 e 800 mil pessoas com doenças raras, ou seja, patologias que têm uma prevalência inferior a cinco casos por cada dez mil pessoas.
Fonte: Agência Ecclesia
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