Mais um ano chega ao fim. O que você fez?

O ano passou rápido, e talvez você nem tenha percebido. Então, pare e faça uma reflexão

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O tempo é um dos aspectos mais fascinantes da vida e, por incrível que pareça, é único para cada pessoa, mesmo que os relógios sejas iguais e o ano tenha 365 dias para todos. É que como cada um lida com ele de um jeito diferente, as experiências também são exclusivas. A Palavra de Deus afirma, em Ecle 3, “que cada coisa é boa e proveitosa quando vivida no seu devido tempo”; e eu acredito nisso. Mas o que fazer quando o tempo passa tão veloz, que nem sequer conseguimos pensar no que seria bom viver naquele momento?

Pensando no ano que termina, podemos analisar o que conseguimos viver e, pelos frutos elegermos o que devemos cultivar ou lançarmos fora para não perdermos tempo na vida. Aliás, tenho aprendido que o tempo não mudou. Nós é que temos nos ocupado demais, e isso nos dá a impressão de que o tempo é insuficiente para tudo o que queremos realizar. A afirmativa fica ainda mais clara quando estamos de férias, por exemplo, e praticamente nos obrigamos a desacelerar o ritmo das atividades.

No início, podemos até continuar agitados como se estivéssemos fora de órbita, mas, depois de alguns dias, vamos achando nosso lugar e percebemos que, finalmente, voltamos a viver. Já no caso contrário, quando nos colocamos como a pessoa mais indispensável do mundo e tentamos resolver dez situações no mesmo instante, o tempo parece voar. Aí, batemos na conhecida tecla: “A vida é feita de escolhas!”. Portanto, ao analisar sua vida nos últimos doze meses, você tem a sensação é de que “o ano passou voando” e não deu tempo para fazer tudo que havia planejado, pode ser um sinal de que tenha cumprido muitas tarefas e vivido pouco. Se os planos que você tinha em viajar de férias, optar pelo amor em vez do sucesso, visitar amigos e ser paciente, por exemplo, foram substituídos por tarefas e horas extras no trabalho, é preciso “recalcular a rota”.

Viva a felicidade
Já foi dito que a felicidade é um dom que não se encontra no fim da estrada, mas está distribuída pelo caminho e costuma se esconder nas coisas mais simples. É por isso que, se passarmos pela vida sempre com pressa, correremos o risco de não encontrar a felicidade e chegar ao fim da jornada com as mãos vazias e a sensação de ter sido desleal com o próprio coração. E isso, com certeza, não é a vontade de Deus para nenhum de nós. Portanto, a dica é: tenha calma! Por mais difícil que seja, é preciso desacelerar um pouco para não se perder no tempo, que é nosso amigo ou nosso rival, dependendo das escolhas que fazemos em relação a ele. Ter calma não é deixar de fazer o que se deve, mas conciliar as possibilidades, respeitar os limites e eleger o essencial a cada instante. Quando começamos a pensar assim, podemos perceber que, muitas vezes, gastamos nosso precioso tempo, que seria dedicado ao descanso, com o uso das redes sociais, que nos fazem ficar cada vez mais cansados e sem tempo, simplesmente por falta de disciplina.

Em todo caso, ao pensarmos no ano que passou, podemos rever nossas escolhas e aprendermos algumas lições. O que foi bom deve perpetuar, e o que não foi já é passado, temos uma nova chance para acertar. A cada amanhecer recebemos do Criador a capacidade de levarmos ao mundo um sopro de vida, esperança, paz e amor em tudo que fazemos, só é preciso manter o coração unido ao d’Ele, sabendo que tudo o que fazemos é graças a Sua misericórdia.

O Senhor nos enviou ao mundo não apenas para cumprirmos tarefas, mas, antes de tudo, para sermos canais do Seu amor na vida daqueles que, por um motivo ou outro, entram na nossa história. Desejo que, ao pensar no ano que passou, você possa fazer escolhas que favoreçam sua vida, pois é vivendo cada instante com sentido que experimentamos a ação concreta de Deus. A propósito, Ele está entre nós agora, revela-se a mim enquanto escrevo, e a você enquanto lê. Demos graças a Ele pelo ano que termina!