2º DOMINGO DA PÁSCOA – ANO B
O 2º Domingo da Páscoa é designado comummente como o Domingo da Pascoela. Mas eclesialmente, e desde que o então Papa São João Paulo II manifestou esse desejo, celebramos o Domingo da Divina Misericórdia, festa que tem como origem uma revelação privada de Jesus a Santa Faustina Kowalska. Assim, sendo, a misericórdia constitui a coloração principal da liturgia, quer porque muitos veem no Evangelho de João o fundamento bíblico para o sacramento da Reconciliação (“aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados…”) quer porque a misericórdia é o motor da vida pascal que o Senhor nos desafia a viver. Misericórdia é o “nome de Deus”, como afirmou recentemente o Papa Francisco, porque o Ser de Deus Se manifesta no seu agir. E é esse agir divino, sempre misericordioso, que a Igreja se sentiu impelida a viver desde o início, como nos atestam os textos dos Atos dos Apóstolos e a 1ª Epístola de São João: o amor a Deus traduz-se, obrigatoriamente, no amor aos irmãos.
LITURGIA DA PALAVRA
LEITURA I – Actos dos Apóstolos (4,32-35) – Os primeiros cristãos viviam, intensamente, o mandamento do amor, que Jesus lhes tinha deixado. Este amor, porém, não era um simples sentimento a uni-los na comunhão dos mesmos ideais. Era uma força, que os impelia a porem em comum os seus bens, por sua livre iniciativa, sem qualquer imposição externa de tal modo que, na comunidade cristã, não existia miséria material ou espiritual, que não fosse socorrida pelos irmãos. A comunidade dos crentes era assim um sinal muito claro de Jesus Ressuscitado.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117(118) – Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom, porque é eterna a sua misericórdia.
LEITURA II – Primeira Epístola de São João (5,1-6) – Ser cristão não é apenas aceitar a mensagem de Jesus como a mais bela de todas. A fé cristã é, antes de tudo, uma adesão pessoal a Jesus Cristo. É crer que Ele é um Homem em carne e osso, ligado à nossa história, mas é também o Messias, isto é, Aquele em quem se cumprem as promessas de Deus à Humanidade, como é igualmente o Filho de Deus. Por esta fé, baseada em Jesus Cristo, Messias e Filho de Deus que, pela Sua Morte e Ressurreição, nos introduziu numa relação pessoal com Deus e nos estabeleceu em comunhão como os homens, nós participamos da Sua vitória sobre o mal.
EVANGELHO – João (20,19-31) – Com a Ressurreição, começou um novo modo de existência para Jesus Cristo. A partir desse momento, já não será mais possível conhecê-lO através dos meios humanos. Será ela que nos permitirá “ver” Cristo Ressuscitado nos Seus sacramentos e na vida da Sua Igreja. Aqueles, porém, que crêem no Filho de Deus, sem O ver, sem O tocar, sem discutir, serão tão felizes como aqueles que foram testemunhas oculares da Sua glória de Ressuscitado.
Padre António Justino
(Pe. Toninho)
Canção Nova Portugal
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