4o DOMINGO DA PÁSCOA – ANO B
O 4º Domingo da Páscoa é conhecido como o Domingo do Bom Pastor e coincide com o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. A inserção desta imagem do Pastor na liturgia deste domingo afigura-se como uma analogia fortemente enraizada na tradição bíblica e que pretende vincar que, em Jesus Ressuscitado, Deus continua a guiar, curar e conduzir o seu Povo. Não já para as «pastagens verdejantes» que o Salmo 23 canta, mas para a glória eterna, onde «O veremos como Ele é». Esta é a meta da Igreja em caminho, que se apoia na pedra angular que é Cristo para levar a bom termo a sua peregrinação terrena.
LITURGIA DA PALAVRA
I LEITURA – Actos dos Apóstolos 4, 8-12 – Diante do sinédrio, Pedro inaugura a pregação no nome de Jesus e proclama que Ele não só continua vivo, como também é o único Salvador. Constituído, com a Sua Paixão, pedra angular da humanidade, Jesus perpetua, ao longo da história, a Sua acção, através da
Igreja. Só Nele e não outro (a ciência, a técnica, a arte, a economia) poderemos encontrar a salvação. Uma salvação que atinge o homem todo, o liberta, interiormente, para que possa também libertar-se em todas as outras dimensões do seu ser. Uma salvação que tem na Páscoa do Senhor a garantia segura do seu
êxito.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118) – A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular.
II LEITURA – Primeira Epístola de São João 3, 1-2 – Em virtude do amor, com que Deus nos cumulou, ao dar-nos o Seu Filho, nós somos, verdadeiramente, filhos de Deus. Contudo, a maravilhosa realidade do nosso novo nascimento, pelo Baptismo, não se manifesta, com evidência, a todos. Aqueles
com efeito, que se recusam a aceitar Cristo, vendo-nos, muitas vezes, no meio das tribulações da vida, recusam-se também a reconhecer a vida de Deus actuante nos crentes. Um dia, porém, quando da vinda do Filho de Deus, o véu que encobre a realidade cairá. Vendo Jesus tal qual é com a Sua Ressurreição, reconheceremos também a glória dos filhos de Deus.
EVANGELHO – São João 10, 11-18 – No nosso mundo, tão dividido, mas, ao mesmo tempo, tão atormentado pelo desejo de unidade, surgem, todos os dias, chefes a agitar as multidões e a propor-lhes programas de acção. No entanto, por maior boa vontade que tenham, não conseguirão levar a humanidade a atingir o seu fim: viver em perfeita comunhão com Deus e com os homens, nossos irmãos. Só Cristo o poderá conseguir, pois só Ele é o «bom Pastor», como o mostrou ao dar a sua vida, voluntariamente, por todos, a fim de reunir numa só família, sem barreiras de qualquer espécie, todos os filhos de Deus, que andavam dispersos.
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